Relatório feito por profissional, a pedido do Jornal Tribuna, mostra que 93% são de outros países e estados
Buscando mostrar força e popularidade na rede social, o candidato a Prefeito de Paulínia, Edson Moura, pode ter adotado a tática de comprar seguidores no Instagram. Nos últimos dias a conta do político aumentou consideravelmente os seus seguidores com contas estrangeiras e de outros estados. É o que mostra um relatório extraído no Instagram por um analista de sistemas a pedido do Jornal Tribuna.
Nas últimas horas, o perfil do candidato superou os 15 mil seguidores, sendo que até poucos dias atrás não chegava a 2 mil. 93% são de outros países e estados, sendo 29% de Jerusalém 21%, de Nova Iorque, 14% do Rio de Janeiro e 7% de Mauriti-CE.
“Utilizando ferramentas de API e outras plataformas especializadas em mensuração de desempenho, pude observar padrões curiosos e, até mesmo, preocupantes em relação à origem e ao comportamento de seus seguidores. Um dos pontos mais marcantes da análise é o fato de que, embora Edson Moura seja um candidato local, com foco específico na cidade de Paulínia, apenas 7% de seus seguidores provêm da região. O restante, de maneira incomum, vem de localidades como Nova Iorque e países diversos, que não fazem parte de seu público-alvo. Esse dado sugere fortemente a prática de compra de seguidores, uma vez que o público de uma campanha municipal deveria estar majoritariamente concentrado na cidade ou no estado de atuação”, afirmou P.D.T.
O analista explicou a causa sobre o aumento incomum do número de pessoas que seguem o perfil. “O crescimento do número de seguidores de Edson Moura ocorreu de forma abrupta e em um curto período de tempo, algo que normalmente só seria possível com a viralização de algum conteúdo relevante – o que não foi o caso. Analisando também o engajamento de suas publicações, percebe-se que o número de curtidas e comentários é desproporcional ao número total de seguidores, reforçando a hipótese de que muitos desses seguidores foram adquiridos de forma artificial”.
O profissional também chamou a atenção para outra questão que evidencia a compra de seguidores. “Outro detalhe importante é que o candidato optou por ocultar a lista completa de seus seguidores. Isso parece ser uma tentativa de esconder o fato de que grande parte de seu público não pertence ao nicho e à localização geográfica que deveria, de fato, interessar à sua campanha”.
Em resumo, “a análise revela um comportamento que pode afetar a autenticidade de sua candidatura nas redes sociais e, possivelmente, comprometer a confiança de eleitores que buscam transparência e conexão real com seus representantes”.