Novembro é um mês conhecido pela luta e divulgação da Consciência Negra, ou seja, um mês pra trazer a tona o importante debate sobre ser negro no Brasil.
E como podemos pensar nessa luta quando falamos de criança e adolescentes?
A educação antirracista é um tema essencial para a formação de crianças e adolescentes em uma sociedade plural e justa. No livro “Educação Antirracista” da maravilhosa autora brasileira Bárbara Carine, tambem conhecida como “uma intelectual diferentona” nas redes sociais, são abordadas estratégias e reflexões que podem transformar o ambiente escolar em um espaço de inclusão e respeito à diversidade.
Um dos pontos centrais do livro é a importância de reconhecer e valorizar a identidade racial das crianças desde cedo. Isso significa incluir nos currículos escolares a história e a cultura afro-brasileira, destacando figuras importantes e eventos históricos que muitas vezes são negligenciados. A representatividade é fundamental para que crianças negras se sintam valorizadas e para que crianças de outras etnias aprendam a respeitar e apreciar a diversidade.
Bárbara Carine também enfatiza a necessidade de formação contínua para educadores. Professores e educadores bem preparados são capazes de identificar e combater atitudes racistas no ambiente escolar, promovendo um clima de respeito e empatia. Além disso, a autora sugere atividades práticas que podem ser incorporadas ao dia a dia escolar, como rodas de conversa, projetos interdisciplinares e a utilização de materiais didáticos que reflitam a diversidade racial.
Outro aspecto importante é o envolvimento da família e da comunidade no processo educativo. A escola deve ser um espaço aberto ao diálogo, onde pais e responsáveis possam participar ativamente e contribuir para a construção de uma educação antirracista. Eventos culturais, palestras e oficinas são algumas das formas de engajar a comunidade e fortalecer a luta contra o racismo.
A leitura do livro “Educação Antirracista” é um passo importante nessa jornada, oferecendo ferramentas e inspirações para que possamos transformar a educação e, consequentemente, a sociedade.
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André Luís de Oliveira
Pai da Giulia, Coordenador do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos no Paulínia Racing e Conselheiro do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente
@profandreoliveira