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Escolas de Paulínia enfrentam falta de manutenção

Rachaduras são aparentes em diversas unidades escolares de Paulínia

Ventiladores quebrados, falta de cortinas, problemas na estrutura física e até na alimentação são as principais reclamações dos pais

O ano letivo de 2017 começou há quase dois meses e os problemas de infra-estrutura e manutenção das escolas públicas de Paulínia já são alvos de reclamações dos pais de alunos, que alegam que a maioria das unidades escolares não receberam nenhum tipo de manutenção durante o recesso escolar.
Na Emei José Paulino Nogueira, por exemplo, os pais reclamam que desde o ano passado a direção da escola pede que a Prefeitura providencie o conserto dos ventiladores. “O calor aqui dentro é insuportável, fica muito abafado porque o sol da tarde bate diretamente nas salas. Já pedimos a manutenção dos ventiladores ou a compra de novos, mas a Prefeitura não nos dá retorno”, disse uma mãe que prefere se identificar apenas como S. M. porque tem medo que a filha de 4 anos possa sofrer algum tipo de represálias.
Na creche Benedito Dias de Carvalho 2, em Betel, os pais denunciam que quando chove, algumas salas ficam completamente tomadas pela água. “Meu bebê tem 9 meses. Quando começa a chover, as crianças já são retiradas do local por conta da grande quantidade de água que entra. Além disso, a escola foi furtada e a Prefeitura não repôs o computador e a televisão que foram levados”, relatou a mãe A.L.
Na escola Nelson Aranha, no Cooperlotes, a situação é mais grave. A unidade escolar, que foi inaugurada há apenas seis anos, já apresenta sérios problemas de infra-estrutura. Rachaduras de grandes proporções, pisos quebradiços, quadra sem cobertura e até uma sala da aula interditada estão deixando os pais preocupados.
“Este é o primeiro ano do meu filho aqui e não vejo a segurança que uma unidade escolar deveria oferecer ao aluno. Ele não pode correr no pátio, porque as falhas no piso podem causar ferimentos. O horário de educação física também é complicado, porque a quadra não tem cobertura e eles ficam expostos ao sol. Os professores fazem o que podem, mas o prédio precisa de manutenção com urgência”, disse a mãe A.C.F.
Segundo A., durante uma reunião geral com os pais, a direção da escola disse que os problemas estruturais do prédio foram se agravando e desde o ano passado a Prefeitura foi notificada. “Mas a Prefeitura não dá retorno. Eles sabem do problema, mas não resolvem”.
Sobre a sala de aula que está sem uso, a mãe disse que também foi fechada no ano passado por causa de rachaduras. “Sabe aquele mutirão de limpeza que fizeram no Mini Pantanal? Então, deveriam fazer isso primeiro nas escolas. Cada mês uma unidade passaria por manutenção total, aí sim os pais voltariam a ter confiança na educação de Paulínia”, ressaltou.
Alimentação
O novo sistema de alimentação adotado pela Prefeitura de Paulínia também recebeu reclamações. O município terceirizou o setor e em algumas unidades escolares os pais não estão satisfeitos.
É o caso da escola Lozano, que chegou a autorizar que os alunos levem alimentação de casa. Já na Domingos de Araújo, em Betel, o almoço das crianças foi cortado. “Minha filha estuda na parte da manhã. Antes de terceirizar, a escola servia um lanche às 9h e o almoço às 11h30. Era almoço mesmo, com arroz, feijão, etc. Agora, não existe mais o almoço, só o lanche que é servido às 9h30 e mais nada. É triste ver que ao invés de melhorar, o setor de educação em Paulínia só piora”, disse A.L.