Empresas que descartam produtos químicos na água e que provocam o desassoreamento das margens do rio serão notificadas
A Seddema (Secretaria de Defesa e Desenvolvimento do Meio Ambiente) de Paulínia realizou na manhã de quarta-feira (8) uma expedição para identificar os problemas ambientais do Complexo Mini Pantanal, no bairro Parque da Represa. A visita foi realizada em um catamarã e percorreu cerca de 15 quilômetros das margens do rio. Um trecho bloqueado por folhagens e lixo entre Americana e Paulínia também foi visitado.
O Mini Pantanal integra o Rio Atibaia, importante manancial de abastecimento de água na RMC (Região Metropolitana de Campinas). Entre os principais problemas encontrados pela expedição estão o desassoreamento das margens do rio, lançamento ilegal de produtos químicos nas águas, ilhas formadas por plantas que se desenvolvem graças à poluição e a obstrução de um trecho do rio que liga Paulínia a Americana. A passagem de barco está impedida em razão de plantas aquáticas e lixo.
Com o levantamento, serão desenvolvidos estudos para apontar quais são as melhores formas de ação no rio. A meta é promover melhorias para minimizar os danos ambientais apontados em curto prazo.
De acordo com o prefeito Edson Moura Júnior o desenvolvimento ambiental e a sustentabilidade são pontos importantes de sua administração. “Vamos trabalhar muito para recuperar o complexo do Mini Pantanal. A ideia é recuperar e conservar”, afirmou.
O vice prefeito de Paulínia, Francisco Almeida Bonavita Barros, presente na expedição, relatou que a administração não vai medir esforços para avançar em questões relacionadas ao meio ambiente. “Temos que cuidar da natureza como cuidamos de nossa casa. A população precisa ter esse entendimento. Por outro lado, o poder público precisa ser eficiente e agir”, disse.
A ação foi realizada em conjunto com as secretarias de Eventos e Turismo, Defesa Civil e Segurança. As secretarias de Meio Ambiente de Americana e Sumaré também participaram. A empresa Corpus e a Sabesp enviaram representantes.
O secretário de Defesa e Desenvolvimento do Meio Ambiente de Paulínia, Jorge Israel, o Tuta, relatou que se trata de uma ação conjunta entre secretarias e municípios. “É importante trabalharmos em sintonia. Afinal, os problemas vivenciados pelo Rio Atibaia afetam moradores de todas as cidades da região”, explicou.
Para o secretário de Meio Ambiente de Americana, Odair Rodrigues, é necessário também ações de educação ambiental para evitar que a situação se repita após as ações para recuperar o trecho do rio. “Algumas pessoas e parte dos empresários precisam saber que o rio é fundamental em nossas vidas. Com a soma de esforços com certeza teremos resultados positivos”, disse.
Turismo
A secretária de Eventos e Turismo de Paulínia, Beth Brito, explicou que embora o local tenha problemas ambientais, a região tem grande potencial turístico. A pasta de Beth também prepara um pacote com diversas ações de entretenimento para atrair mais visitantes ao Mini Pantanal. “Espero que as medidas para melhorar o rio reforcem na mente das pessoas a importância da preservação”, observou.
Apesar das questões a serem resolvidas no local, a paisagem do Mini Pantanal impressiona pela beleza. O complexo conta com fauna e flora exuberantes. Atualmente, o Mini Pantanal tem 135 espécies de aves catalogadas e 232 espécies de animais aquáticos. Entre outros animais que vivem no local estão jacarés, capivaras e até mesmo onças suçuaranas já foram flagradas no espaço.
Nota
A Seddema (Secretaria de Desenvolvimento e Defesa do Meio Ambiente) de Paulínia investiga a mortandade de peixes no Terminal Turístico Luiz Pelatti Mini Pantanal, no bairro Parque Represa, registrada entre a noite de quinta-feira (09) e a manhã de sexta-feira (10). Entre as espécies de peixes mortos estão mandiuva amarela, cascudo, piaba, piapara, tuvira, xambore, bagre, mandiguaçu, lambari.
Um BO (Boletim de Ocorrência) foi registrado e um inquérito policial deverá ser aberto para também apurar o caso.
Para reduzir a degradação ambiental no complexo Mini Pantanal, a Prefeitura de Paulínia irá realizar o desassoreamento das margens do rio, eliminar plantas aquáticas como o aguapé, que nascem graças à poluição, notificar empresas suspeitas de lançar material químico nas águas e promover campanhas educativas para conscientizar a população sobre a importância ambiental e turística do local.
PREFEITURA MUNICIPAL DE PAULÍNIA
