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Filas, senhas e o caos

Por Wilson Machado

Filas, senhas e o caos

Mais uma vez a estrutura precária do serviço de Saúde em Paulínia virou notícia de televisão! Dessa vez, uma fila com centenas de pessoas do lado de fora do Hospital Municipal, aguardando senhas para passarem pela triagem e só depois passarem por um médico, foi o que chocou toda a região. Como um investimento de R$ 20 milhões consegue ser transformado nesse caos? Responda-me se for capaz senhor prefeito. Aliás, não responda a mim, responda à população. Aproveite e responda por seus atos à Justiça, ao invés de ficar covardemente escondido atrás de uma mesa e mandar seus cargos de confiança representar a cidade.

Ciclo sem fim

A reportagem da EPTV dessa terça-feira deixou bem claro o desrespeito da Prefeitura de Paulínia, principalmente com os idosos, na fila do Hospital. E é bom deixar claro que o desrespeito praticado ali não tem nada haver com a greve dos servidores. Aquele sofrimento todo foi provocado por mais uma tentativa dessa administração sem liderança para colocar os servidores públicos contra a população. Porque o atendimento poderia até estar precário, mas educação cabe em qualquer lugar. A regra geral é a de que você é respeitado na medida em que se dá ao respeito e isso com o prefeito Pavan é uma coisa constrangedora. Infelizmente, o desrespeito com a população de Paulínia tornou-se um vício desse governo, um ciclo sem fim.

Segurança fala por Pavan

Na falta de quem pudesse atender a reportagem da EPTV, quem teve de dar a cara a tapas foi o segurança do Hospital de Paulínia. Que vergonha! Dessa vez, nem diretor, nem secretário… foi o segurança mesmo, que em função de seu trabalho, passou carão no lugar do prefeito-muleta. E outra, nada contra o funcionário, mas aquele tipo de atendimento e a forma como não se administrou aquilo estava mais para uma casa de shows do que para um Hospital. Essa é a representatividade que nós temos de Paulínia para a população. Entra lá no site da EPTV, digite Paulínia no campo de busca. Tem até idosa com mais de 70 anos chorando na fila para ser atendida no Hospital.

Governo inadequado

A falta de postura do prefeito neste e até diante da Justiça diante da greve dos servidores são provas da mais completa falta de argumentos para rebater a crise que se instalou na Prefeitura de Paulínia após sua posse. Nem para ser sabonete ele serve. Está mais para pedra áspera. Eu me pergunto: quanto custa tudo isso para não servir para nada? Aliás, não é a Guarda Municipal que deveria ter a função de dar segurança aos prédios públicos? E a secretária de Saúde continua no cargo? Primeiro ela disse que os idosos estão no asilo para morrer e agora os deixa do lado de fora do Hospital… vai ficar tudo por isso mesmo, prefeito?

Exame-vexame

Qual é a desculpa para um exame solicitado em 8 de julho de 2010 não ter sido feito até agora? Que vexame! Que covardia! Não é à toa que a reportagem da EPTV foi ouvir o presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) em Paulínia, o advogado e também petista João Mota. Na tentativa de conseguir um retorno para a população, ele chamou a Prefeitura de Paulínia a responder mais uma representação no Ministério Público. Será que alguém vai aparecer? Fica a dúvida no ar.

Concurso fajuta

A EPTV aproveitou a passagem por Paulínia esta semana para registrar também o fracasso do concurso público da Prefeitura. Primeiro que milhares de candidatos tiveram de fazer as provas em condições vergonhosas (em cadeira de plástico, prancheta na mão ou sentados nos degraus dos ginásios de esportes). Segundo que não havia ninguém lá para fiscalizar candidatos que conversaram livremente, usaram calculadoras e consultaram sabe-se mais lá o que. Não dá vergonha? Concurso e governo fajuta, isso sim!

Falta de assunto

O que não falta são problemas reais que a população de Paulínia está enfrentando devido à falta de liderança do Pavan na Prefeitura. Está tudo sucateado: Saúde, Educação, Segurança, Cultura, Turismo ainda existe? Quando Paulínia enfrentou uma crise dessas? Mas, ainda assim, tem gente que prefere dedicar seu tempo a espalhar veneno para continuar vivo no mercado ao invés de sair nas ruas, como faz um jornalista de verdade, e descobrir o que realmente o povo está enfrentando. Politicar, senhor Mizael Marcelly, como eu sugiro nesta coluna, não tem nada haver com fofocar ou tentar criar picuinhas entre pessoas que se respeitam. Politicar tem haver com discutir soluções para vivermos numa Paulínia melhor, é um exercício de cidadania e só críticas construtivas são aceitas. Na falta do que dizer, melhor ficar quieto. O ditado faz sentido!

Portas fechadas

Alguém já viu uma Prefeitura fechar as portas para um Senador? Só um prefeito incompetente, mal assessorado e influenciado pelo prazer de promover ataques pessoais seria capaz de tal falta de respeito com o voto do povo. Isso mesmo: falta de respeito com o voto do povo. Ou será que o prefeito não sabe que o senador Eduardo Suplicy tem mais de 20 mil votos em Paulínia? É mais do que ele próprio conseguiu nas urnas passadas: 17,8 mil. Isso sem contar que parte desses votos nem é dele, é do Edson Moura. Pois é, no governo Pavan, quem tenta apresentar soluções é barrado na porta. Tem cabimento?

Pense mais

“A liberdade política é a condição prévia do desenvolvimento econômico e da mudança social.” (John F. Kennedy)