Texto: Jornalista Vera Leão
O prefeito José Pavan Júnior (DEM) quer descontar os dias parados dos servidores públicos durante a greve que completa 25 dias neste sábado. A Prefeitura de Paulínia novamente não apresentou proposta para fazer um acordo com o STSPMP (Sindicato dos Trabalhadores Servidores Públicos de Municipais de Paulínia) durante a audiência no TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da 15ª Região, em Campinas, nesta quinta-feira, dia 28. De acordo com a Ata da audiência a administração apenas buscou protelar a discussão para este mês de maio, sem apresentar nenhum valor e ainda sugeriu o desconte de 50% dos dias parados.
Sem acordo, agora a greve vai ser julgada pelo TRT que deve marcar uma nova audiência. A procuradora Renata Coelho Vieira tentou, sem êxito, obter conciliação entre as partes, agora deve ser instaurado um dissídio coletivo de greve. “Ela vai encaminha para o TRT para julgar se a greve é legal ou abusiva.
A procuradora recomendou ao sindicato uma atenção especial a Saúde por causa da Campanha Nacional de Vacinação contra a gripe que acontece até o dia 15 de maio. “Deverá o Sindicato a partir do dia 29 de março, encaminhar à Secretaria de Saúde, diariamente 27 profissionais capacitados, conforme listagem apresentada (pela Prefeitura)”, conforme registro na Ata da audiência.
“Infelizmente o governo não apresentou nenhuma proposta. Esperávamos um acordo, mas o prefeito continua intransigente e truculento, por isso a greve vai continuar por tempo indeterminado”, disse o advogado do STSPMP, Rafael Ceroni Succi. De acordo com Succi, a procuradora ingressou uma medida cautelar no TRT para que a Prefeitura não efetue descontos dos dias parados dos trabalhadores.
Neste sábado a paralisação completa 25 dias. Os trabalhadores resistem: “Os servidores estão cada vez mais indignados com a postura do prefeito. O movimento está se fortalecendo, até quem estava trabalhando quer parar”, afirmou Succi.