Federação Única dos Petroleiros afirma que paralisação ocorre devido a demissões no Paraná e ao descumprimento de acordo coletivo de trabalho
Trabalhadores da Petrobras aprovaram em assembleias realizadas na noite de terça-feira (28) um indicativo de greve por tempo indeterminado a partir de sábado 1º de fevereiro, segundo informações da FUP (Federação Única dos Petroleiros). A entidade, que representa treze sindicatos, afirmou em comunicado, que a paralisação será contra demissões em uma fábrica de fertilizantes da estatal no Paraná, que a Petrobras informou que será hibernada, com dispensa de 396 empregados, e pelo “descumprimento do acordo coletivo de trabalho”.
Segundo o comunicado, os petroleiros afirmam que vão garantir o abastecimento da população durante o movimento grevista. “A luta da categoria é em defesa dos empregos e da Petrobras a serviço do povo brasileiro”, diz a nota.
A FUP afirma que a “política agressiva” do atual governo de privatização e fechamento de unidades estratégicas da Petrobras impacta os petroleiros, com demissões em massa e ataques a direitos pactuados em acordos, além de prejudicar a população. “A destruição da cadeia produtiva de óleo e gás é um dos principais motivos pelos quais a economia do país segue estagnada.”
Os sindicatos também afirmam que as demissões ferem os acordos de trabalho pactuados com as representações sindicais. “É o caso da cláusula 26 do acordo da Araucária Nitrogenados, que impede a empresa de promover demissões em massa, sem negociação prévia com o sindicato. A despeito do acordo coletivo, a Petrobras anunciou a demissão sumária dos trabalhadores da Fafen-PR, que souberam do fato pela imprensa. Nem o sindicato nem a FUP foram sequer informados sobre essa decisão arbitrária.”
(Notícia da Veja)