Os vereadores convocados para integrarem a Comissão Processante (CP) que investiga o prefeito Dixon Carvalho (PP) e 13 dos 15 vereadores protocolaram na Câmara de Paulínia um pedido para obterem os mesmos direitos que os demais edis, como a nomeação de assessores e a utilização de gabinete.
Robert Paiva (PTB) e Sargento Camargo (PDT) alegam que, a partir do momento em que foram convocados pela justiça para assumirem os cargos de vereadores e integrarem a CP, deixaram de ser suplentes e se tornaram vereadores titulares, tendo, assim, os mesmos direitos que os demais.
“Simplesmente queremos os direitos que nos foi dado pela Justiça. O juiz nos colocou como vereadores para fazermos parte da Comissão, fomos empossados e a Câmara não está respeitando isso”, afirmou Robert Paiva, relator da CP que investiga suposta troca de favores entre o prefeito e os 13 vereadores investigados.
Imbróglio
O imbróglio envolvendo os vereadores teve início com a decisão da justiça de convocar os suplentes para participarem da sessão extraordinária realizada no dia 26 de fevereiro, em que foi votada a abertura da CP contra Dixon.
Durante a sessão, presidida pelo vereador Kiko Meschiatti (PRB), foram eleitos os membros da Comissão e votado o afastamento dos 13 vereadores investigados.
Dias depois, o TJ-SP determinou que os vereadores afastados, que não podem fazer parte da CP por serem investigados, assumissem seus cargos novamente.
Porém, os vereadores Robert Paiva e Sargento Camargo continuam integrando a Comissão o que, segundo eles, é prerrogativa de vereador titular. “Se fomos empossados e continuamos na CP, entendemos que estamos vereadores, pois só vereadores é que podem fazer parte da Comissão e por isso exigimos os nossos direitos”, afirmou Paiva.
A assessoria de imprensa da Câmara foi procurada, mas não se manifestou sobre o assunto.