
Aliado político do ex-prefeito Edson Moura, o ex-presidente da república, Michel Temer, foi preso na última quinta-feira, 21, pela Operação Lava Jato do Rio de Janeiro. Temer tem uma relação bastante próxima com Moura. O ex-presidente é casado com a paulinense, Marcela Tedeschi.
Segundo a Lava Jato, Temer é o chefe de uma organização criminosa que atua há 40 anos no Rio. No pedido de prisão do emedebista assinado pelo Ministério Público Feral (MPF) no Rio, os procuradores da Lava-Jato apontam que Temer e coronel Lima atuaram durante 40 anos em uma “parceria criminosa” que se perpetuou por décadas.
Na decisão de determinou a prisão de Temer e de outras nove pessoas, o juiz da 7ª Vara Criminal Federal, Marcelo Bretas diz que “Michel Temer é o líder da organização criminosa”, e o “principal responsável pelos atos de corrupção descritos”.
Bretas determinou a prisão do ex-presidente Michel Temer e seu ex-ministro das Minas e Energia Moreira Franco, além de coronel Lima e outras sete pessoas na manhã de quinta-feira. Agentes da Polícia Federal (PF) cumpriram 10 mandados de prisão — oito preventivas e duas temporárias em São Paulo, Rio, Porto Alegre e Brasília.
A ação, denominada Descontaminação, é um desdobramento da Operação Radioatividade, que investiga desvios nas obras da Usina de Angra 3 e tem como base a delação do empresário José Antunes Sobrinho, dono da Engevix, que menciona pagamentos indevidos de R$ 1 milhão em 2014.
Pedido de liberdade
Os pedidos de habeas corpus do ex-presidente Michel Temer (MDB) e do ex-ministro Moreira Franco (MDB) serão julgados apenas na quarta-feira (27) no Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2). A previsão inicial era de que os casos fossem analisados ontem, 22.
O próprio TRF-2 informou que o caso provavelmente seria decidido liminarmente nesta sexta pelo desembargador Ivan Athié, relator do caso. À tarde, a Corte informou que o caso não será analisado monocraticamente — ou seja, apenas pelo relator — e que vai para a Primeira Turma Especializada.