Funcionários da Sancetur pararam na terça-feira por falta de pagamento de benefícios
Por atraso no pagamento de benefícios e ausência de depósito das parcelas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e da previdência por parte da Sancetur, 200 funcionários da empresa de Paulínia paralisaram as suas atividades na manhã desta terça, 20, e deixaram sem transporte 2.500 crianças e adolescentes que frequentam as escolas públicas.
De acordo com o Sindicato dos Rodoviários, os atrasos já eram constantes e assembleias eram realizadas para definir como revolver a questão. Após tentativas frustradas de negociações, os trabalhadores decidiram pela paralisação, o que provocou uma reunião no gabinete do prefeito Dixon Carvalho (PP), juntamente com representantes da empresa e sindicato.
Ficou acertada a suspensão da paralisação, o pagamento dos atrasados e o prazo de uma semana para que a empresa apresente junto ao sindicato a negociação feita com a Caixa Econômica Federal (CEF), responsável pela administração do FGTS, e junto ao INSS para que tudo seja regularizado. “O atraso no INSS trouxe prejuízos aos trabalhadores que pediam licença por problemas de saúde ou acidente de trabalho. Era só dar entrada que o pedido era negado por falta de pagamento”, contou o vice-presidente do sindicato, Izael Soares de Almeida. A proposta será analisada e ratificada em assembleia marcada para a manhã desta quarta, 21.
O sindicalista contou que aproveitou a reunião para afastar a hipótese de diminuição da frota dos ônibus escolares, informação que circulava no meio. Além de assegurar a manutenção do serviço, prefeitura e empresa também se comprometeram a uma fiscalização mais rigorosa quanto ao pagamento dos salários e dos benefícios. “Os representantes do prefeito afirmaram que não há motivo para o atraso porque os repasses estão sendo feitos dentro do prazo estabelecido”, disse Izael.
ÚLTIMA CHANCE
O dirigente sindical afirma que esta é a última chance dada aos responsáveis pelo transporte escolar em Paulinia, formada pelas empresas Sancetur, LLS, sob o controle da Passaredo, e a Smile. “Se não ocorrer o cumprimento das promessas, certamente existirá a paralisação”, completou.
Em nota, a prefeitura afirmou que não teve responsabilidade na paralisação. “O transporte escolar em Paulínia foi prejudicado por uma paralisação promovida pelo Sindicato dos Rodoviários de Campinas e Região. Primeiramente, a Prefeitura esclarece que não possui dívidas com a Sancetur e que todos os pagamentos estão sendo realizados em dia”, registra a nota da administração.