Por conta da explosão seguida de incêndio ocorrida na Replan no último dia 20, o Ministério Público abriu um inquérito civil para investigar se houve danos ambientais em Paulínia. O procedimento será conduzido pela promotora de Justiça Fernanda Elias de Carvalho Lucci.
A assessoria do órgão informou que ela já fez os primeiros pedidos de esclarecimentos para a petrolífera, mas neste momento ela não concederá entrevista sobre o caso.
Sobre a abertura da investigação, a Petrobras informou, por nota, que “não tem conhecimento sobre o inquérito aberto pelo Ministério Público para averiguar questões ambientais em razão do evento ocorrido na Replan no dia 20 de agosto”.
Fiscalização
Nesta semana, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) confirmou que fará “blitz” sobre as condições de saúde e segurança na refinaria. O sindicato da categoria (Sindipetro) defende que o problema pode ter como uma das origens a sobrecarga de trabalho e, por isso, a Justiça do Trabalho também aguarda esclarecimentos da Petrobras sobre os recursos e instalações.
A Petrobras, por outro lado, diz que “reforça seu compromisso com a segurança da sua força de trabalho, suas operações e instalações, adotando padrões da indústria mundial de petróleo”, e que fará esclarecimentos para a juíza Veranici Aparecida Ferreira, da 2ª Vara do Trabalho.
Reflexos
O impacto financeiro provocado pelo incidente é mantido em sigilo pela Petrobras. A interrupção fez com que ANP autorizasse a empresa a comercializar diesel e gasolina sem seguir as especificações para cor e temperatura, por avaliar que há risco de desabastecimento, e a petrolífera também confirmou que importará diesel e querosene para aviação, mas não revelou quantidades. As informações são do Portal G1.
ANP libera retomada das operações
A ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) liberou na quarta-feira, 29, a Replan para restabelecimento da produção, após inspeção do isolamento das áreas atingidas por incêndio no dia 20, dentre outras providências solicitadas.
A Agência concluiu que a operação será reativada de forma segura, após entrega de documentação comprobatória das condições de segurança adequadas pela Petrobras e realização de inspeção nas unidades operacionais.
No cronograma está prevista a normalização da destilação em dois dias, das unidades de craqueamento catalítico e hidrotratamento em três dias e das demais unidades não afetadas em até uma semana.
Com isto, 50% da produção da refinaria será normalizada em até uma semana.