O prefeito de Paulínia, Dixon Carvalho, realizou na quarta-feira (29), uma reunião para debater questões de segurança relacionadas a operações da Replan. Diversos órgãos competentes participaram do encontro, mas a Petrobras não encaminhou nenhum representante, limitando-se a enviar um ofício.
Estiveram presentes representantes da Cetesb, Sindipetro, PAM, Corpo de Bombeiros, Polícias Civil e Militar A reunião foi convocada pelo prefeito, em decorrência da explosão que atingiu unidades da Replan no último dia 20.
Por unanimidade, os presentes criticaram a ausência de representantes da Replan, reforçaram a iminente necessidade de aproximação entre a Refinaria e sociedade e destacaram a deficiência no sistema de manutenção das dependências dos locais de operação.
“É minha função como prefeito do município, buscar caminhos para garantir segurança para os trabalhadores da Replan e para os cidadãos de nossa cidade. Estamos cobrando a Petrobrás e faremos, em breve, uma visita as dependências da Replan. Já criamos uma comissão formada por membros da Administração para acompanhar todos os trabalhos de perto”, afirmou o prefeito, ao agradecer a presença de todos os órgãos envolvidos no tema.
Representante da Cetesb, Lúcio Flávio Furtado Lima, reforçou que o atendimento do órgão é focado unicamente na avaliação de impactos ambientais. Já o coordenador do Sindipetro, Gustavo Marsaioli, foi enfático ao afirmar que o acidente ocorrido no último dia 20 foi o mais grave da história da Refinaria e reforçou que a maior preocupação dos trabalhadores é o fato de que a precarização da manutenção chegou até a unidade de Paulínia, até então referência para todo o país.
“Apesar de todos os problemas financeiros vividos pela Petrobrás devido aos escândalos de corrupção dos últimos anos, nós, do Sindipetro, não acreditamos que a ausência de manutenção venha da falta de capacidade de investimento financeiro. Se esse investimento deixa de ser feito, ele deixa de ser feito por uma opção do alto escalão da Petrobrás”, avaliou Marsaioli.
Plano Municipal de Contingência
Ainda durante o encontro, a Prefeitura anunciou a implantação do Plano Municipal de Contingência – PLAMCON. Criado para atender o município em situações de risco, que vão desde a ocorrência de possíveis desastres naturais a incidentes envolvendo gases e combustíveis originários das indústrias instaladas na cidade, o PLAMCON será mais uma ferramenta do SIMDEC – Sistema Municipal de Defesa Civil, estabelecido pela Lei Municipan nº 3095/2010.
De acordo com o prefeito, o PLAMCON começou a ser desenvolvido em meados 2017 e foi criado com o intuito de balizar as ações a serem adotadas pela Administração Pública e todos os organismos e organizações envolvidas em um possível acidente de grandes proporções dentro de Paulínia, ou que de alguma forma tragam riscos à população da cidade.
“Aproveitei este momento, em que nos reunimos para discutir questões de segurança relacionadas a Replan, para anunciar a implantação do PLANCOM, que é uma ferramenta fundamental para garantir a segurança de nossos cidadãos em situações de emergência”, afirma Dixon.