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Música e Redes Sociais: A Influência na Infância e Adolescência

Esta semana, durante uma atividade no Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, me deparei com um pedido frequente das crianças: tocar músicas com conteúdos explícitos e inadequados para a faixa etária delas. Esse episódio me fez refletir sobre o impacto das redes sociais na formação dos gostos musicais de nossas crianças e adolescentes.

Não podemos negar que a música é uma parte importante da vida de todos nós. Ela nos entretém, inspira e até mesmo educa. No entanto, é importante considerar que cada faixa etária tem suas peculiaridades e necessidades específicas. O que é apropriado para um adulto pode não ser adequado para uma criança. Isso não significa que devemos condenar determinados gêneros musicais, mas sim reconhecer que existem músicas mais apropriadas para cada etapa do desenvolvimento.

As redes sociais têm um papel enorme na disseminação de músicas de todos os tipos, muitas vezes sem qualquer filtro ou controle sobre o público que as consome. Crianças e adolescentes, em sua fase de formação, podem ser expostos a letras que abordam temas como violência, sexualidade e drogas de maneira explícita e descontextualizada. Isso pode trazer consequências para o desenvolvimento emocional e cognitivo dos jovens, influenciando comportamentos e atitudes de maneira negativa.

Uma questão que se impõe é: os pais estão cientes do que seus filhos estão ouvindo? Estão preocupados com a influência dessas músicas?  Pais e responsáveis devem estar atentos e participarem ativamente na seleção do conteúdo consumido pelos jovens. Isso inclui dialogar sobre os temas das músicas e orientar sobre escolhas mais saudáveis.

O impacto desse tipo de exposição pode variar, mas é inegável que a repetição de conteúdos explícitos pode naturalizar comportamentos inadequados e prejudicar a formação de valores. Portanto, a responsabilidade de garantir um ambiente saudável para o crescimento das crianças deve ser compartilhada entre família, escola e sociedade.

É possível apreciar a diversidade musical sem deixar de lado a adequação das letras à faixa etária dos ouvintes. A música deve ser uma ferramenta de construção positiva e enriquecedora, contribuindo para o desenvolvimento integral de crianças e adolescentes.

Como esse texto toca você?

André Luís de Oliveira

Pai da Giulia, Coordenador do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos no Paulínia Racing e Conselheiro do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente

@profandreoliveira