Início Política Não houve crimes, aponta inquérito sobre “Hospitais de Campanha”

Não houve crimes, aponta inquérito sobre “Hospitais de Campanha”

A informação é da Polícia Civil após finalizar inquérito. A montagem das unidades hospitalares provisórias no município foi arquivada pelo prefeito Du Cazellato, dia 6 de maio

Não houve indícios de crimes praticados por agentes públicos! Esse é resultado das investigações da Polícia Civil que encerrou o inquérito policial que investigava suposta contratação de estrutura metálica para a montagem de dois Hospitais de Campanha (HC) em Paulínia durante o auge da pandemia da Covid 19.
As investigações começaram depois que os policiais flagraram uma carreta e um caminhão carregados com estruturas metálicas em um barracão do Jardim Vista Alegre. Durante abordagem os motoristas apresentaram os documentos informando que a estrutura pertencia a empresa LGP Produções Artísticas e que todos os equipamentos seriam usados para a montagem dos dois HC na cidade. Como não apresentaram documentação que comprovassem a contratação da empresa pela prefeitura, a polícia decidiu investigar o mal entendido.
Durante as investigações a polícia descobriu que a prefeitura de Paulínia pretendia montar dois Hospitais de Campanha na cidade para auxiliar no combate a pandemia da Covid 19 e receber pacientes com o novo Corona vírus através de um processo administrativo interno para contratação emergencial, já que a Secretaria de Saúde havia apontando que, naquele momento, o Hospital Municipal de Paulínia (HMP) não tinha capacidade para atender a demanda de pacientes da Covid 19 que estariam por vir.
As unidades hospitalares seriam instaladas na cidade durante quatro meses, sendo uma ao lado do HMP, e outra anexa à Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro São José. Entretanto, enquanto o processo de contratação dos hospitais de campanha tramitava internamente na Prefeitura, a Secretaria Municipal de Saúde foi adotando medidas que acabaram se mostrando eficientes no combate ao novo coronavírus e, principalmente, no atendimento e tratamento de moradores infectados, como por exemplo aumento de leitos de UTI, da Enfermaria Respiratória e da Unidade Respiratória. Como as medidas adotas foram eficientes e atenderam a demanda, o prefeito Du Cazellato decidiu cancelar a contratação emergencial dos HC, economizando R$ 3.970.000,00 dos cofres públicos, que foi o menor valor apresentado entre as concorrentes.
Mal entendido
Após receber um e-mail do Secretário de Obras e Serviços Públicos, Marcelo Mello avisando que a empresa apresentou a melhor proposta de preço, e por isso, “iniciassem os preparativos para a execução do serviço”, mas que a mesma ainda dependia da efetiva contratação, o dono da empresa investigada, por estar com os caminhões na região, decidiu se adiantar e encaminhar os equipamentos para Paulínia, por uma questão de logística.
Com o fim das investigações, o inquérito foi encaminhado para o fórum de Paulínia com provas robustas e conclusivas de que os Hospitais de Campanha não foram montados, de que não houve crimes e nem danos ao erário público.