A guerra na Ucrânia deve provocar o “maior choque de commodities” desde a década de 1970, alertou o Banco Mundial. Em nova previsão divulgada, a organização avalia que o conflito vai contribuir para o aumento de preços de itens que vão do trigo ao algodão, passando pelo gás natural. Os reajustes estão “começando a ter efeitos econômicos e humanitários muito grandes”, disse Peter Nagle, coautor do relatório, à BBC. Ele afirmou que “as famílias em todo o mundo estão sentindo a crise do custo de vida”. Assim é retratado o cenário atual pela Época Negócios. Em outro periódico, o Jornal de Brasília, o quadro não é nem um pouco menos assustador: “alimentos e combustíveis ficaram ainda mais caros para os brasileiros na passagem de março para abril, apontam dados do IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) divulgados nesta quarta-feira (27) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O indicador prévio de inflação teve alta de 1,73% em abril. É a mais intensa para o mês em 27 anos. Entre os subitens que compõem o IPCA-15, o tomate registrou a maior disparada mensal: 26,17%.” O coitado do tomate sempre levando a culpa. Para finalizar o que alguns talvez chamem de a “coluna do caos”, estudo da Tendências Consultoria aponta que os brasileiros mais pobres (classes D e E) continuarão a ser mais da metade da população até 2024 e a retomada da economia tende a favorecer inicialmente as classes sociais mais altas (A).
O mundo está em choque. Choque pelas restrições e mortes da pandemia, choque pelas cenas de horror que vêm da Ucrânia, choque pelo dinheiro que vale cada vez menos. É a crise, minha gente. Mas assim como um choque derruba, ele reanima. Quando o coração pára, somente uma corrente de energia pode fazê-lo voltar a bater. Crises são pedras no caminho que podem ser obstáculos para a caminhada ou tijolos para a construção à espera de um bom entendedor. Crises, para mim, são oportunidades. O psiquiatra, professor e escritor brasileiro, autor da Teoria da Inteligência Multifocal, Augusto Jorge Cury diz que “um ladrão rouba um tesouro, mas não furta a inteligência. Uma crise destrói uma herança, mas não uma profissão. Não importa se você não tem dinheiro, você é uma pessoa rica, pois possui o maior de todos os capitais: a sua inteligência. Invista nela. Estude!”. Crises fecham portas, mas abrem enormes rombos nas paredes por onde os mais capacitados e qualificados conseguem penetrar. Você pode perder tudo e nunca perderá o mais importante. O único bem que não pesa por acumular e não se perde por dividir: o conhecimento. Adquira conhecimento, invista em qualificação, capacite-se. De todos os choques da vida, esse é o mais importante.
Capacitar para desenvolver. Não existe outro caminho…