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Onde está o dinheiro de Paulínia?

Entre os anos de 2009 e 2010, Paulínia trabalhou com um orçamento que chega a quase 2 bilhões de reais. A cidade tem hoje 82 mil habitantes, se destacando no cenário nacional como uma das sete maiores rendas per capitas do país .
Mas esse dinheiro não vem sendo suficiente para sanar os problemas básicos nas áreas de Saúde, Educação, Segurança, com a falta de remédios nos postos de Saúde, falta de creches para as crianças, além de escolas precisando urgentemente de reformas.
A população está atenta aos passos dados pela Administração como ficou claro na sessão da Câmara de terça-feira, 1 de fevereiro, quando o Sr, Laércio Nalli , membro da Associação dos moradores do Bairro Calegaris, ocupou a Tribuna da Câmara e desabafou sobre os problemas que não só os moradores do seu bairro, mas a população em geral vem enfrentando há algum tempo, e que parecem sem solução.

Sr. Laércio apontou vários problemas decorrentes, segundo ele, da má administração pública, como a falta de término das obras dos anéis viários que ligarão o bairro João Aranha ao Monte Alegre.

“Uma das obras da gestão anterior que estão sendo de grande valia são os anéis viários que para completar necessitam da construção da ponte ligando o bairro João Aranha ao Monte Alegre”, disse Laércio. Ele também destacou problemas na área da Saúde.

“ Temos o orçamento (cerca de 131 milhões ) muito mal gasto na Saúde em nosso município, pois continua sendo uma vergonha se levarmos em conta o valor do orçamento, ficando claro que não existe gestão pública”.

Ele ainda acrescentou: “a administração atual optou por obras sociais, mas muito pouco se fez até o momento e a grande desculpa é que muitas dívidas ficaram da última administração, impossibilitando a execução do plano de governo. Na verdade o que se percebe é que foi uma propaganda eleitoreira enganosa e ao meu ver merece punição como exemplo das promessas cito a entrega de medicamentos ao município e UBSs 24 horas, nada foi feito, pior é que contratações milionárias continuam acontecendo conforme publicações no semanário do município. Falta segurança , falta de creches e mais escolas, moradia, atendimento a Saúde, os conselheiros da Saúde deram várias sugestões, mas não foram ouvidos. Outro grande absurdo na nossa cidade é o preço da remoção do lixo, 50 milhões por ano conforme PPA- valor que muitos municípios não têm para administrar suas cidades. Dizer que falta recursos é falta de capacidade admnistrativa.

Mais pessoas compartilham das mesmas queixas do Sr. Laércio, como os moradores do bairro São José, Jardim Leonor e Morro Alto e Parque da Árvores, que apontam problemas também na Saúde, Educação, Segurança e a falta de infraestrutura em  locais que ainda enchem com as chuvas.

“Onde está o dinheiro que deveria ser investido mais na área da Saúde, pois hoje estou tentando fazer convênio médico, porque se depender do atendimento na Rede Pública  tenho que ficar esperando quase 1 ano para conseguir uma consulta na UBS e ainda passar horas na fila do Hospital Municipal”. S. A. R.A, 37 anos, moradora do Jardim Leonor.

“ O dinheiro de Paulínia não está indo para onde deveria ir como os cuidados com nossas praças e jardins. Os parques dessa cidade estão abandonados, como o Parque das Flores que está as moscas sem cuidado e servindo como ponto para viciados”. L.M.G, 45 anos, morador do Monte Alegre I.

“ Eu é que não sei para onde está indo tanto dinheiro, porque sou moradora, e está  faltando muita coisa como prédios escolares. Eu tenho um menino de quatro anos que foi matriculado no Leonor e este ano foi remanejado para o bairro Sta. Terezinha, e nós moramos no São José. Porque não fazem mais escolas para que isso não aconteça.E na saúde então, para marcar uma consulta com especialista demora meses, e o dinheiro onde está para contratar mais gente”. E.S.G, 35 anos, moradora do São José

“Pelo dinheiro que Paulínia dispõe, a administração deveria priorizar principalmente as pessoas que acreditaram nessa gestão. Durante as eleições, o prefeito disse as quase 100 famílias do Acampamento Menezes. “O homem não é obrigado a prometer nada, mas prometeu tem que cumprir”, foi ele mesmo que disse isso, então agora as famílias estão aguardando uma solução. Nesse período de fortes chuvas nenhum órgão da prefeitura foi até o acampamento verificar as condições do local, ou mesmo se estavam precisando de alguma coisa, é um total descaso. E ainda a área da Saúde tem deixado muito a desejar, faltam medicamentos caros que poderiam ser comprados pela própria  prefeitura e as UBS que ficariam abertas 24 horas, até agora nada”. Lair de Jesus Thomé, 32, morador do Parque das Árvores e líder comunitário do Acampamento Menezes.

“Tanto dinheiro gasto com coisas sem prioridade, e os bairros periféricos carecem de infraestrutura. Queremos o básico e nem isso estamos tendo, no São José os comerciantes sofrem com as enchentes, problema que foi prometido ser resolvido e até agora nada. E a cada chuva que caí as águas em alguns locais chegam a 1 metro de altura, isso é um absurdo para uma cidade que tem um orçamento de quase 1 bilhão de reais”. Daniel Alves, presidente da Associação dos Moradores do Bairro São José.