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Os espinhos da cobra por Sami Goldstein

Nesta semana, enquanto buscava um tema para escrever, deparei-me como uma notícia no mínimo inusitada. Daquelas que parecem ter sido extraídas de um livro de fábulas.  De acordo com o jornal Extra, uma cobra descobriu da pior forma o que é uma refeição indigesta. A cena ocorreu em um parque em Shoham (Israel) na semana passada. Tutores que levavam os seus cães para passear no local ficaram chocados: uma serpente imóvel com um porco-espinho preso na sua boca. Aviad Bar, ecologista de répteis do Departamento de Parques, visitou o local e identificou que era uma cobra não venenosa da espécie de chicote-preta que estava tentando comer um porco-espinho. “Assim que decidiu abandonar sua refeição inusitada, a cobra percebeu a magnitude de seu erro”, afirmou ele, de acordo com o jornal “Jerusalem Post”. “A direção dos espinhos do porco-espinho não permitiu que a cobra cuspisse o porco-espinho e, no fim, tanto o porco-espinho quanto a cobra morreram no trágico encontro”, completou o especialista.

Como se diz por aí, seria cômico se não fosse trágico. Mas, como sempre, de tudo vem uma lição. Às vezes, nossas escolhas podem ter consequências inesperadas e indesejadas. É importante avaliar cuidadosamente nossas ações e considerar os possíveis resultados antes de tomar uma decisão. No caso da cobra, sua escolha de tentar comer o porco-espinho acabou sendo fatal para ambos os animais. A soberba do réptil se sobrepôs à falta de percepção dos riscos de cutucar quem, com seus espinhos, poderia feri-la mortalmente. E isso ocorre com muita frequência, não é mesmo?

No entanto, mesmo quando enfrentamos situações difíceis ou tomamos decisões equivocadas, sempre há a oportunidade de aprender e crescer com nossas experiências. Podemos usar essas lições para tomar melhores decisões no futuro e evitar cometer os mesmos erros. Assim como a cobra aprendeu da maneira mais difícil sobre os perigos de tentar comer um porco-espinho, podemos aprender com nossos próprios atos e fazer escolhas mais sábias adiante. Afinal, como dizia C. S. Lewis: “A experiência é uma professora cruel, mas você aprende. Meu Deus, como você aprende!”.