Essa história é contada em vários livros de autoria de Meire Terezinha Müller e Maria das Dores Soares Maziero
Paulínia começou sendo um bairro periférico no território campineiro, assim como Sumaré, Valinhos e Cosmópolis. O município virou cidade só em 28 de fevereiro de 1964, após José Lozano de Araújo liderar um movimento de emancipação.
Essa história é contada em vários livros de autoria de Meire Terezinha Müller e Maria das Dores Soares Maziero.
Voltando no passado, para 1800, algumas grandes fazendas ocuparam a região onde hoje está Paulínia. São elas: Fazenda São Bento, Morro Alto, Fortaleza, São Francisco, Santa Genebra e, a maior de todas, a Fazenda do Funil.
Por volta de 1880, houve um intenso movimento entre os fazendeiros da região buscando a construção de uma estrada de ferro, para facilitar o escoamento da produção agrícola das fazendas, prejudicado pela presença dos rios Atibaia e Jaguari. Esse movimento acaba no financiamento da construção da Companhia Carril Agrícola Funilense, ligando Campinas à Fazenda do Funil.
Em 18 de setembro de 1899, são inauguradas várias estações ao longo do percurso, todas elas recebendo nomes de diretores e membros da própria Companhia, entre eles, “José Paulino Nogueira”. Com isso, os bairros onde estavam essas estações acabam sendo conhecidos pelos mesmos nomes. Surge, assim, a Vila “José Paulino”.
Mais tarde, em 30 de novembro de 1944, por meio do Decreto-lei 14.334, essa vila foi elevada à condição de distrito, com o nome de Paulínia. Esse decreto impedia que localidades usassem nomes de pessoas.
Desde 1942, Paulínia vinha aumentando a arrecadação de impostos para Campinas por conta da implantação, naquele ano, de uma unidade da Rhódia Indústrias Químicas e Têxteis. Essa empresa, pioneira na cidade, alterou consideravelmente a economia não só do distrito, mas de toda a região.
Em 1956, chega à Paulínia o funcionário aposentado da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, José Lozano de Araújo. Consciente do potencial econômico do distrito, ele funda a entidade “Amigos de Paulínia” e convoca vários homens das famílias mais antigas do local. Começa, então, um movimento emancipatório.
A iniciativa acaba gerando um plebiscito realizado no dia 06 de novembro de 1963, decidindo pela autonomia política do distrito. Assim, em 28 de fevereiro de 1964, o Diário Oficial do Estado de São Paulo publicou a Lei 8.092, criando o município de Paulínia.
*Com informações do livro “Paulínia – dos Trilhos da Carril às Chamas do Progresso”, de Maria das Dores Soares Maziero e Meire Terezinha Müller Soares