![Reunião em Paulínia discutiu a criação de cidades-referência em Saúde e gestão pelo mundo](https://tribunapaulinia.com.br/wp-content/uploads/2013/11/Cidade-300x145.jpg)
O Theatro Municipal Paulo Gracindo foi palco na manhã de segunda-feira, dia 28, da abertura de um importante evento não somente para Paulínia, mas para várias cidades de diversos países, o projeto “Cidades Inteligentes Saudáveis”, realizado em parceria entre a Prefeitura, através da Secretaria de Saúde e a SDPS (Society for Design and Process Science), instituição internacional que estuda qualidade de vida.
O objetivo é criar cidades-referência em Saúde e gestão pública pelo mundo. De acordo com Moisés Sanches, representante da SDPS no Brasil, o projeto tem como finalidade fornecer a municípios e parceiros que desejam mudar a sua condição de qualidade de vida, de saúde e de inteligência de gestão, protocolos, tecnologias e metodologias, que vêm de um ambiente científico e acadêmico, mas que podem suportar os problemas complexos de uma cidade. A sequência do projeto, segundo Sanches, prevê o levantamento de indicadores das cidades, das pessoas e da gestão para articular um processo de quais são as áreas de intervenção e quais os suportes que precisarão ser aplicados para a mudança de modelo do paradigma vigente de saúde para aquele considerado adequado. “São indicadores de saúde, educação, trabalho, qualidade do sono, ambiência, trabalho e renda, relacionamento e todas as áreas que impliquem em saúde”, afirmou. E Paulínia será a primeira do Brasil a participar do projeto, sendo assim a cidade piloto para que ele se torne um modelo para o país, onde terá como foco a educação e remodelação da gestão de saúde, visando melhorar a qualidade e expectativa de vida da população. Além de Paulínia, outras quatro cidades no mundo irão participar do projeto e receberão acompanhamento da entidade, que reúne cientistas do mundo inteiro, por cinco anos.
A cidade foi escolhida para o programa após as negociações com Hortolândia falharem, e o secretário municipal de Saúde, Renato Netto Cardoso, tinha conhecimento do programa e depois de conversar com o prefeito Edson Moura Júnior (PMDB) foi autorizado a se candidatar. “Fizemos o pedido e fomos escolhidos no final do mês de setembro”, contou. O projeto é a longo prazo, e a Prefeitura espera que um dos seus efeitos benéficos seja a diminuição do gasto com saúde. “Percebemos que temos que olhar e cuidar da pessoa antes que ela fique doente. Trabalhar a prevenção é o melhor remédio. Aceitamos participar dessa parceria porque temos consciência que a instituição com a qual trabalhamos é uma das mais sérias do mundo e conta com um corpo de cientistas de todo o mundo”, explicou. Já para o prefeito Edson Moura Júnior, investir em Saúde é fundamental. “Temos um compromisso com nossa população em dar excelência no atendimento à saúde. E a melhor maneira é através da prevenção proporcionada por uma vida saldável. Creio que este projeto tende a nos ajudar neste objetivo”, declarou. Ainda explicou que o intuito do projeto é aplicar os resultados obtidos pela instituição ao longo dos anos em algumas cidades do mundo a fim de melhorar a qualidade e expectativa de vida. Para que isso seja possível serão implantadas na cidade vários projetos e modelos de trabalho que integram as secretarias da Saúde, Educação e Transporte. A assinatura do protocolo entre a organização e o município, aconteceu na terça-feira, dia 29. O primeiro passo será a realização de um censo municipal a partir de janeiro de 2014, que levantará dados sobre a saúde e os hábitos dos quase 93 mil paulinenses, e irá indicar as áreas em que há necessidade de intervenção.
Saneamento básico, qualidade da água, transporte, meio ambiente, habitação e geração de emprego, são alguns dos serviços e setores que receberão avaliação. “Todas essas questões interferem na Saúde. O que nós queremos é que a qualidade de vida aumente, que as pessoas tenham uma vida sempre melhor e que possam chegar na melhor idade em boa condição. Isso se chama cidade inteligente e saudável”, disse Cardoso. A cada seis meses, o projeto será reavaliado. “Aquilo que for implantado, tiver avaliação positiva e for considerado um sucesso, a ideia é que seja transferido para as demais cidades da RMC (Região Metropolitana de Campinas) e do País”. A partir de agora, a Prefeitura vai começar a redimensionar as equipes para dar início aos trabalhos e ao censo municipal.