Paulínia, Cosmópolis e Artur Nogueira foram alvos de uma operação do Ministério Público deflagrada (30) contra furto de combustível da Petrobras.
Ao todo, R$ 200 mil em dinheiro e R$ 83 mil em cheques foram apreendidos. A “Operação Bandeira Suja”, como foi denominada, é comandada pelo MP de Minas Gerais. Ao todo são 20 mandados de busca e apreensão, sendo 14 em MG, e dez de prisão, oito em Minas. Todos foram cumpridos. A investigação começou em março deste ano.
Os alvos em SP são pessoas investigadas, residências de suspeitos e empresas que podem ser alvos das ações criminosas. Os valores foram encontrados nas residências e nas companhias.
Além dos profissionais do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de Campinas, policiais militares do Batalhão de Ações Especiais da PM (Baep) de Paulínia e policiais da Força Tática de Americana (SP) integram a operação.
Furtos semanais
De acordo com o MP, os furtos ocorriam semanalmente no interior paulista e o combustível era comercializado em postos de Minas Gerais.
A técnica usada pelos criminosos é chamada de trepanação, que consiste na colocação de um dispositivo nos dutos da Petrobras, que saem de Paulínia para outros estados do Brasil, para realizar o furto.
Durante a ação desta quinta-feira, os investigadores localizaram uma estrutura usada para essa prática em uma das empresas.
Prisões e apreensões na região
As duas pessoas presas são homens e foram apresentados na delegacia de Cosmópolis, cidade onde moram. A suspeita é que atuavam em furtos na região e também em Minas Gerais. Um deles já tinha passagem por porte de arma e o outro tinha uma empresa de manutenção de caminhões-tanque, segundo a polícia.
Com eles foram apreendidos parte dos valores em dinheiro e dois simulacros.
Um dos mandados do MP de Minas Gerais foi cumprido na Bahia. Segundo o órgão, o homem seria um integrante importante da quadrilha e dono de empresa em Paulínia. Já tem passagem criminal e um dos presos em Cosmópolis é filho dele.
Os materiais apreendidos serão levados para o Gaeco de Campinas e, em seguida, encaminhados para o Gaeco de Minas Gerais.
