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Paulínia, o tapete vermelho inteligente

Fiquei dias presa num trabalho especial e perdi a maioria da programação do III Festival Paulínia de Cinema, por isso, na quarta-feira, quando consegui respirar mais aliviada, mergulhei de cabeça na Internet para saber cada detalhe de tudo o que rolou. Claro que nos dias anteriores contei com as meninas aqui do jornal e do site cinemapaulinia.com.br, Lia e Leka, para me atualizar a cada programação, mas estava curiosa para saber o que as pessoas de fora estavam dizendo de Paulínia.

E não me surpreendi. Mais uma vez, a programação do Festival ganhou o destaque merecido na grande mídia, reuniu muita gente importante do setor – não só artistas famosos, mas reais trabalhadores e formadores de opinião – e se fincou entre as mais importantes festas do cinema no Brasil. Não é para menos. Reconhecer a cultura nacional não é lá uma das vertentes fortes do nosso País. Uma situação que pode mudar com as referências que Paulínia lançou.

Mas, o mais legal de tudo foi encontrar na Internet um verdadeiro festival de elogios que não são ‘rasgação de seda’, se é que me entendem. Os comentários são conscientes, argumentativos, comparativos, um registro realmente profissional de cada sessão, de cada workshop, palestras, coletivas. Fiquei contente e imaginando quanto mais Paulínia pode crescer em função da iniciativa de se manter esse trabalho voltado para a produção e reconhecimento do cinema brasileiro.

Neste sentido, o polo de Paulínia não só é uma audaciosa realização, mas uma das mais inteligentes das que já ocorreram no Brasil, desde sempre. É bem verdade que estas palavras fazem parte do vídeo de apresentação do polo e da terceira edição do Festival, mas não são puro marketing. Quem estudou a história do cinema, ainda que só para um simples trabalho, tem de concordar. Eu concordo!

Além de concordar, faço torcida para que esta história seja longa e bem sucedida. Tem tudo para ser. Tem tudo para fortalecer o cinema nacional. Tem tudo para que as pessoas de Paulínia se encontrem de vez com o polo e façam parte efetiva dele. Que não tenham medo de se envolver, de ser audaciosos e de conhecer um jeito novo de ganhar a vida. Aliás, esse é o exemplo que Paulínia nos tem dado, pois se de um lado temos as limitações do petróleo, por outro, respiramos aliviados e nos divertimos com as aventuras do cinema.

Michele Carneiro é repórter há dez anos. Está em Paulínia desde 2003, onde atua em todos os setores de redação e diagramação. Defende o diploma para a prática do Jornalismo e está no terceiro período do curso.