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Peterson Ruan é o novo superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT)

O advogado, especialista em direito público e gestão pública, Peterson Ruan, é o novo superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de

Transportes (DNIT). No cargo, uma das suas prioridades, que vai impactar Paulínia e região, é o Trem Intercidades “Eixo Norte”. Em entrevista ao Jornal Tribuna, ele falou sobre a nomeação e os trabalhos em andamento.

Fale sobre a sua nomeação

Nesse governo que é fruto de uma frente ampla, aceitei o convite para estar a frente dessa importante Autarquia Federal, no Estado de São Paulo. Já com inúmeros desafios, como dar continuidade nos projetos em andamento. Agradeço ao Ministro Renan Filho pela oportunidade e confiança.

Qual o principal objetivo do DNIT?

O nosso objetivo é avançar com as infraestruturas que o século XXI exige, de nós gestores. Sob o comando do nosso Diretor Geral, Fabrício Galvão, atuaremos no desenvolvimento do país, garantindo a segurança das pessoas, com prevenção e estudo. Precisamos da criação de um Instituto de Pesquisa que pense na ferrovia do hoje e do amanhã, o Instituto Nacional de Pesquisas Ferroviárias. 

O DNIT herdou o passivo da Rede Ferroviária Federal, que precisamos administrar com sua liquidação em 1999, bem como seu patrimônio, hoje explorado por concessões e novos projetos, como o Trem Intercidades “Eixo Norte” do Governo de São Paulo. Precisamos da criação de um Instituto de Pesquisa que pense na ferrovia do hoje e do amanhã, o Instituto Nacional de Pesquisas Ferroviárias. 

Como você vê a importância do Trem Intercidades “Eixo Norte”?

O projeto do “Eixo Norte” impacta diretamente a cidade de Paulínia, sua população e o progresso da região. Precisamos de transportes de alta velocidade, está na hora do projeto do Trem Bala sair do papel e virar realidade.

O que pode falar sobre o transporte aquaviário?

Temos muito trabalho no transporte aquaviário, como a manutenção e operação das eclusas de Jupiá e Três Irmãos, construídas nos anos 90, cuidadas pela equipe técnica do DNIT São Paulo, que nesses poucos dias demonstrou conhecimento e responsabilidade.

Qual o balanço você faz das rodovias?

Já as rodovias merecem todo nosso cuidado e fiscalização, em parceria com a ANTT. Não podemos admitir rodovias com mais de uma década administrada por concessionária, sem demonstrar melhorias e segurança ao usuário. Levarei as reivindicações e sugestões ao Ministério e a agência reguladora. O carro elétrico está aí, teremos que adaptar as rodovias para garantirmos acesso e segurança.

Governo publica edital do Eixo Norte do Trem Intercidades São Paulo-Campinas

Expectativa é que o leilão para o projeto seja realizado em novembro; valor estimado da obra é de R$ 12,8 bilhões

A Secretaria de Parcerias em Investimentos (SPI) publicou nesta sexta-feira (31) o edital com as regras para as empresas interessadas em participar do leilão internacional de concessão patrocinada para a construção do Eixo Norte do Trem Intercidades (TIC), que ligará a capital paulista à Campinas.

O valor estimado da obra é de R$ 12,8 bilhões. Após o edital haverá um prazo de 240 dias para recepção de propostas e a realização do leilão está marcada para 28 de novembro.

Rota do TIC Eixo Norte

Serão ofertados três serviços: a linha 7 – Rubi, atualmente operada pela CPTM, que passará por uma revitalização das vias, operando entre a Barra Funda e Jundiaí. O Trem Intermetropolitano (TIM) que seguirá do município de Jundiaí com paradas nas estações em Louveira, Vinhedo e Valinhos.

E o Trem Intercidades (TIC), opção expressa, com percurso total de 96 km que terá duração de aproximadamente 1h entre a capital e Campinas. A tarifa da linha 7 não será alterada, seguindo a política tarifária do estado. Já as passagens para o trem expresso (TIC) custarão em torno de R$64,00.

Além dos benefícios na mobilidade urbana para mais de 15 milhões de pessoas em 11 munícipios, o empreendimento gerará um total de 10.552 empregos diretos, indiretos e induzidos, e contribuirá para a redução das emissões de CO2 e para a segurança viária de toda a região.