Uma das possíveis explicações seria a chuva forte que atingiu a cidade de Campinas na terça-feira
Foto: Estevam Scuoteguazza/AAN
A Polícia Civil de Paulínia instaurou inquérito para investigar a causa da morte de centenas de peixes no Rio Atibaia, entre Paulínia e Americana, na quarta-feira (22/9). A ação da polícia ocorreu após ambientalistas terem registrado boletim de ocorrência (BO) pedindo providências. Na tarde de quinta-feira, uma perita da Polícia Científica esteve no local mais afetado pela mortandade — no trecho do bairro Parque da Represa — e recolheu amostras da água, solo e peixes. O laudo deve ficar pronto em 30 dias.
Na quarta, dia em que os peixes apareceram boiando no rio, técnicos da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), em Paulínia, percorreram o trecho que corta a cidade até Americana — onde também foram constatadas mortes — e coletaram amostras de água para análise em laboratório. O resultado deve sair em nove dias.
No bairro Parque da Represa, os técnicos da Cetesb encontraram a maior quantidade de peixes mortos — cerca de 500. A mortandade seguiu pelo rio até o início da represa de Americana, no bairro Zanaga. De acordo com o gerente da agência de Paulínia, Lúcio Flávio Furtado Lima, ainda é cedo para identificar o problema que ocorreu na área.
Uma das possíveis explicações, segundo a ele, seria a chuva forte que atingiu a cidade de Campinas no início da noite de terça-feira. Devido à estiagem, a água da chuva varreu o asfalto, se misturou ao material orgânico e correu para o rio. Esse material misturado à água gera demanda de oxigênio, causando, possivelmente, a morte dos peixes.