Cabo estava de folga e foi morto na frente da mulher e dos dois filhos caçulas
A covardia de criminosos acabou com o sonho do cabo da Polícia Militar de Paulínia, Idelson Matias, de ver os filhos crescerem. Aos 37 anos, o policial foi covardemente assassinado no dia 30 de abril, em Diadema, na Grande São Paulo.
Matias estava de folga com a esposa, que também é Policial Militar, e os dois filhos caçulas, quando foi abordado por quatro criminosos, que chegaram em motocicletas, e anunciaram o assalto. O policial não reagiu, mas, mesmo assim, foi alvejado e morto com oito tiros. A suspeita é de que os criminosos tenham desconfiado de que se tratava de um policial.
A mulher de Matias levou o PM ainda com vida até o hospital, mas ele não resistiu aos ferimentos. Até o fechamento desta edição, apenas um suspeito havia sido preso. Câmeras de segurança flagraram o momento em que os criminosos fugiam, após alvejarem o policial, e estão sendo usadas pela polícia na investigação.
Comoção
A morte do PM causou muita comoção entre seus colegas de trabalho, familiares e amigos. Visto por todos como uma pessoa alegre e proativa, Matias recebeu várias homenagens, inclusive nas redes sociais.
Para o Capitão Comandante da PM de Paulínia, Rafael Cambuí, a morte do cabo foi um ato lamentável e de extrema covardia. “Além de um excelente policial, ele era amigo de todos e estava sempre disposto a fazer o bem. Estamos realmente muito tristes e abalados”, afirmou.
Membros da Guarda Civil de Paulínia publicaram um vídeo no Facebook prestando homenagem ao PM e fizeram um minuto de silêncio. Outra homenagem foi prestada pelo Sargento Camargo, também no Facebook. “Meu irmão e companheiro. Estamos sentindo muita dor”, escreveu.
25º policial morto
De acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, o cabo Matias foi o 25º policial morto só em 2018. Para o Capitão Cambuí, esse número é extremamente alto. “Se continuarmos com essa média, teremos até o final do ano 100 policiais mortos para cada 100 mil habitantes”, explicou.
Segundo ele, o número aceitável pela ONU (Organização das Nações Unidas) de homicídios da população é de 9 mortes para cada 100 mil habitantes. “Está claro que a crise na segurança pública tem deixado o policial cada vez mais desprotegido”, lamentou.