Início Paulínia População reclama: saúde de Paulínia vai de mal à pior

População reclama: saúde de Paulínia vai de mal à pior

O filho de Rosi é deficiente, está acamado e depende de uma dieta especial que está em falta na rede pública
Foto – reprodução Facebook

Rede social é usada como principal canal de reclamações. As denúncias são sobre a falta de insumos nos postos de saúde, medicamentos, fraldas geriátricas e dietas especiais

Alzheimer, diabetes e colesterol são doenças perigosas e que exigem cuidados contínuos. Em Paulínia, a maioria dos pacientes dependem do sistema público em razão do alto custo dos remédios e insumos, mas atualmente, os usuários reclamam da falta de medicamentos nas Unidades Básicas de Saúde de Paulínia – UBSs.

A internet tem sido usada como principal ferramenta para registro das reclamações. No Facebook, Maria de Lourdes Braga disse estar receosa com a falta de tiras reagentes para medir a glicemia do filho. “Estava em falta no Posto do São José, me mandaram fazer uma ‘peregrinação’ em outros postos para ver se acho, mas já fui em dois e a resposta é sempre a mesma. Não tem fitas para medir glicemia, caixa para colocar os insumos usados. Meu filho tem Diabetes Tipo 1 e não pode ficar sem tomar medicação”, relatou.

Também no Facebook, Rosi Nogueira também expressou seu descontentamento. “É com muita insatisfação que venho mais uma vez, lutar pelos direitos do meu filho e de muitos que estão em desespero. Estou indignada por não ter remédio, fralda e dieta para os acamados, enfermos e deficientes. Absurdo, até agora nada! Até quando vamos fechar os olhos para o que está acontecendo”, disse ela em seu perfil.

Na postagem, ela acrescentou a foto do filho que é deficiente e está acamado, dependendo de uma dieta especial que, segundo Rosi, está em falta na rede pública.

Ainda em sua postagem, a internauta diz que a “filha de uma conhecida minha é especial, faz uso de medicações e fralda e está em falta na rede. Idoso com Alzheimer, faz uso de fralda e medicações, e não tem condições financeiras para tal compra. A casa Amarela diz que não tem previsão de quando vai ser comprado as fraldas e dietas. Fato é que estamos vivendo um caos nesta gestão”, afirma.

A postagem de Rosi sensibilizou os internautas e foi amplamente compartilhada na rede social durante a semana.

Não tem material
Na tarde desta sexta, 4, a internauta Ana Paula Domingos de Oliveira publicou a foto de um encaminhamento que havia recebido de um médico plantonista da UBS João Aranha, pedindo que a paciente se dirigisse ao Hospital Municipal de Paulínia para um tipo de procedimento que é de responsabilidade dos Postos de Saúde.

No encaminhamento o médico diz “Encaminho a srª Ana Paula Domingos de Oliveira com P10 de Laparotomia por gravidez ectopica para retirada dos pontos”. Logo abaixo em caneta vermelha, o médico continua. “No posto não temos material para retirada de pontos e nem lâmina de bisturi. Grato, Dr. Clayton Luiz”.

A paciente ficou indignada. “Vergonha eu ter que me deslocar da UBS perto da minha casa para ir ao HMP para retirar os pontos da cirurgia feita a 10 dias. Senhor prefeito, já pode fechar as portas da UBS João Aranha”, disse.
Novamente, a postagem foi compartilhada por dezenas de internautas e se tornou tema de discussão sobre a atual situação dos postos de saúde de Paulínia.

Entre os comentários, Fernanda Oliveira alertou: “aqui no posto do Monte Alegre não tem tubo para coleta de sangue, pode isso”.

Já Benê Bernardes disse que a situação é bastante grave também no setor de fisioterapia. “Meu irmão teve um AVC, fui marca fisioterapia pra ele a moça diz que tem que fica na lista de espera e nem sabe quando vai ser chamado”.