Empresa, que também presta serviços em Paulínia, é alvo de várias denúncias trabalhistas
A Prefeitura de Indaiatuba decidiu alterar o edital da concessão para prestação e exploração do serviço de transporte público coletivo urbano de passageiros no município. O serviço atualmente é prestado pela Sancetur, que também atua no transporte escolar em Paulínia.
Com a alteração do edital, a abertura dos envelopes, prevista para a próxima terça-feira, 7 de maio de 2019, está cancelada. Após análise jurídica e técnica, a prefeitura anuncia agora que o edital será alterado e publicado novamente nesse mesmo dia.
Segundo aviso publicado no Portal da Transparência da administração municipal, a mudança se deve a “pedidos de esclarecimentos”.
A prefeitura havia remarcado para o dia 02 de maio a entrega das propostas de eventuais empresas interessadas na operação do sistema. Pouco tempo depois, alterou essa data para 07 de maio, cinco dias a mais. A nova data do certame saiu publicada na edição do Diário Oficial do Estado no dia 05 de abril de 2019.
Agora, novamente o edital e a data da concorrência são alterados. Anteriormente, a licitação que estava marcada para ocorrer no dia 1º de abril de 2019, foi suspensa por determinação do juiz Sérgio Fernandes, da 2ª Vara Cível de Indaiatuba, que concedeu mandado de segurança movido pela Rápido Sumaré Ltda, empresa de Belarmino de Ascenção Marta, que operava na cidade e foi descredenciada pela prefeitura no início de 2018. O poder público alegou na ocasião que a Rápido Sumaré prestava maus serviços e descumpria o contrato. A empresa contesta.
No dia 4 de abril, a Prefeitura adiou novamente, desta vez para 7 de maio.
Histórico
Atualmente, os serviços são prestados pela empresa Sancetur por meio de um contrato provisório.
No dia 31 de janeiro de 2018, a administração decretou a caducidade do contrato com a empresa Citi – Companhia de Transportes de Indaiatuba, cuja razão social é Viação Rápido Sumaré.
Segundo a prefeitura, a Rápido Sumaré descumpriu uma série de cláusulas, como operação de ônibus antigos, má conservação da frota, atrasos e quebras constantes. O poder público ainda diz que somente em multas, a Rápido Sumaré deve mais de R$ 1,6 milhão. Deste total, R$ 842,5 mil são correspondentes a multas cujos recursos foram negados e estão na dívida ativa.
A empresa na ocasião negou os valores dos débitos e afirmou que não houve descumprimento de cláusulas contratuais. Fonte: Diário do Transpor.
Ônibus saem da garagem sob escolta
Os ônibus do transporte público saíram da garagem da empresa sob escolta nesta terça-feira (30), em Indaiatuba (SP). Guardas civis integrantes do Grupo de Apoio Preventivo (Gap) foram chamados à garagem da Sou Indaiatuba durante a madrugada para garantir a saída dos coletivos.
O sindicato, porém, afirma que não houve tentativa de greve, mas, sim, uma assembleia com os trabalhadores, conforme explicou um dos representantes, Izael Souza, ao Bom Dia, Indaiatuba, da Rádio Jornal. Ouça abaixo.
O Comando Notícia apurou que mesmo após o ato do sindicato os ônibus saíram normalmente da garagem e as linhas estavam operando por volta das 5h30 em toda a cidade. O relato dos usuários era de que o transporte estava normalizado às 6 horas. Se a empresa não atender as demandas do sindicato – depósito do FGTS -, pode haver greve no dia 7 de maio.
Ato na garagem
De acordo com matéria publicada pelo portal Comando Notícia, os ônibus saíram com atraso da garagem da Sou Indaiatuba (Sancetur) na terça-feira (23). O sindicato que representa os trabalhadores informou que houve uma reunião com os motoristas porque a empresa não estaria depositando direitos trabalhistas como o Fundo de Garantia Por Tempo de Serviço (FGTS). Por conta da reunião, algumas linhas saíram com atraso segundo relataram usuários.
Pelo menos 43 linhas do transporte público foram afetadas pela reunião dos motoristas da empresa Sou Indaiatuba com o sindicato que representa a categoria. Houve atrasos de pelo menos uma hora na saída dos coletivos. O Departamento de Transportes divulgou um relatório apontando que 21 viagens não foram realizadas, seis ficaram incompletas e que houve ainda 12 atrasos, três adiantamentos de horários e um desvio de itinerário nas linhas. A situação ficou normalizada após às 8 horas, segundo o órgão.
Usuários do transporte coletivo manifestaram sua insatisfação com os serviços prestados pela Sancetur nas redes sociais. “Falta de respeito com os funcionários. Cadê o prefeito para dar um ultimato? Para mim, ele está se esquivando do problema. Tira logo essa empresa e passa para outra que seja decente”, afirmou David Rocha. “O fato do empregador não efetuar o pagamento das contribuições constitui crime”, disse Thiago Resende.