A Prefeitura de Paulínia, por meio da Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos, iniciou na quarta-feira, 8, a reinstalação das lixeiras subterrâneas, com instalação de um sistema modernizado que vai garantir a otimização dos serviços. A primeira unidade, já em funcionamento, foi implantada na Avenida Getúlio Vargas, na altura do Parque Ecológico. Pelo cronograma da Secretaria de Obras e Serviços Públicos, mais 25 conjuntos com dois containers cada – um para coleta seletiva e outro para coleta de lixo orgânico – serão instalados até o dia 5 de novembro.
As lixeiras foram desativadas no início de 2017, após o fim do contrato com a antiga empresa prestadora dos serviços de limpeza urbana. Por entender que se tratam de patrimônio do município, a Prefeitura de Paulínia entrou na justiça e, recentemente, conseguiu reaver o direito de utilização de parte da estrutura para implantação dos containers.
“Estamos implantando um sistema ainda mais moderno, que garante praticidade e agilidade no serviço. O mecanismo inteiramente automatizado de coleta possibilita que o despejo de resíduos no caminhão seja feito pela parte inferior do container, evitando que os resíduos se espalhem e minimizando a disseminação de odores indesejáveis”, explica o secretário de Obras e Serviços Públicos, Valdir Terrazan.
O prefeito Dixon Carvalho comemora o resultado obtido na Justiça e o restabelecimento desse serviço na cidade. “Aos poucos vamos implantando o trabalho que projetamos para a limpeza urbana. Inicialmente conseguimos uma grande economia para os cofres públicos. Reduzimos os gastos mensais em praticamente 50%, caindo de R$ 8 milhões para menos de R$ 4 milhões mensais. E agora vamos regularizar esse serviço que poucas cidades brasileiras têm”, explica o prefeito.
As lixeiras aparentes têm cerca de um metro de altura, mas escondem um fundo falso que dá acesso a containers instalados no subsolo das calçadas com capacidade para armazenamento de 3m3 de resíduos. Um sensor instalado nas lixeiras sinaliza quando o volume de lixo alcança os 80% e os caminhões, então, são acionados para fazer a coleta. “Cada container subterrâneo equivale a três constainers instalados na superfície, o que representa também uma considerável economia nos gastos com transporte do lixo e traz ganhos ambientais para o município devido a diminuição da circulação de veículos”, explica Terrazan.
O secretário ressalta ainda que com a reativação das lixeiras subterrâneas, a cidade ganha em outros vários aspectos. “O lixo não fica acumulado nas ruas, evitando o entupimento de bueiros em dias de chuva, o que resulta também em menor necessidade de intervenções em galerias e traz econômia para os cofres públicos.
O sistema de armazenamento subterrâneo também impede a ação de vândalos ou animais que espalham lixo pela cidade. Consequentemente, temos uma considerável redução no índice de pragas urbanas como insetos, ratos e baratas, colaborando diretamente com questões de saúde pública”, ressalta Terrazan. Além dos benefícios econômicos, as lixeiras subterrâneas ficam à disposição da população 24 horas por dia e trazem impactos positivos nos aspectos urbanísticos, tornando a cidade cada vez mais limpa.
O presidente da Cooperlínia Ambiental do Brasil, cooperativa de gestão de resíduos sólidos instalada em Paulínia, José Carlos da Silva, afirma que a reinstalação das lixeiras é uma grande conquista. “Além de aumentar a quantidade do material que recebemos, este tipo de coleta agrega valor aos resíduos, que chegam puros até nós. Isso resulta em grande diminuição da taxa de rejeito e, consequentemente, em melhoria na qualidade de vida dos cooperados, que conseguem aumentar suas rendas”, acrescenta José Carlos.