Dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Paulínia; polícia estima que cerca de R$ 32 milhões em notas falsas tenham sido colocados em circulação
A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quinta-feira (2) uma operação para desarticular uma quadrilha especializada na falsificação e distribuição de cédulas de Real que, segundo a PF, foi responsável por colocar em circulação o equivalente a R$ 32 milhões em notas falsas, em um período de quatro anos. A operação foi batizada de Operação Ventania e culminou na prisão de sete integrantes do bando criminoso, dois dos mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Paulínia.
Outras cinco pessoas indiciadas por envolvimento com a quadrilha são consideradas como foragidas pela Polícia Federal. Ao todo, 44 agentes cumpriram durante o dia 10 mandados de prisão preventiva e dois mandados de prisão temporária na cidade de São Paulo, sendo 9 na capital e dois em Paulínia. Todos os mandados foram expedidos pela 3ª Vara Criminal Federal em São Paulo.
A investigação e inquérito policial teve início há cerca de um ano, quando o Banco Central do Brasil informou a Polícia Federal da existência de notas falsas sendo retiradas de circulação em todo o território nacional. A suspeita do Banco era de que todas as cédulas tinham a mesma procedência, devido às características comuns entre elas.
Ainda de acordo com a investigação, a quadrilha produzia as cédulas em São Paulo e as remetia para distribuidores na própria capital e em Paulínia. Estes distribuidores vendiam as notas em uma proporção de 10 notas falsas por 1 nota verdadeira.
A quadrilha operava a entrega do material de forma pessoal ou por envio através dos Correios, caso o comprador das cédulas estivesse em outra cidade, fora da abrangência do grupo criminoso.
A PF estima que desde 2011, a quadrilha tenha colocado em circulação mais de 300 mil notas falsas de R$ 100 e 45 mil de R$ 50, em todos os Estados da União. Após a prisão dos indiciados, acusados pelo crime de falsificação de moeda e organização criminosa, eles foram encaminhados a presídios de São Paulo.