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Quatro Rodas com DG por Diego Gomes


Quilometragem, serventia e documentação: tópicos da penúltima parte de perguntas que você não pode deixar de fazer na hora de comprar um carro usado


3ª –  Esse carro tem quantos quilômetros rodados?

Essa pergunta é fundamental, pois nem sempre um carro com dois anos de uso, por exemplo, está mais bem conservado que um que roda há mais de quatro anos. Veículos pouco rodados são mais valorizados porque, em tese, sofreram menos desgaste nas peças. Porém, na prática, a vida útil de um veículo é medida pela quilometragem.

Assim sendo, o ideal é escolher aqueles em que o hodômetro marca, aproximadamente, 60 mil quilômetros. Por outro lado, isso não significa que você deva cortar os veículos com maior quilometragem da sua lista. Se bem conservados, carros com até 160 mil quilômetros rodados, também podem ser uma boa opção. Mas já mentalize que o custo de manutenção será maior.


4ª – O carro servia para que?

Além de avaliar o estado de conservação de um usado, você precisa saber se o carro era empregado pelo dono para trabalhar, levar as crianças na escola, passear, viajar, entre outras tarefas.   Um carro a serviço de aplicativos de transporte particular, por exemplo, sofre mais desgaste que um utilizado apenas em passeios e viagens aos fins de semana.

Por outro lado, aquele veículo que vive estacionado na garagem e, consequentemente, possui poucos quilômetros rodados, também pode lhe causar dor de cabeça no futuro. É simples: carros que ficam parados por muito tempo podem apresentar defeitos sérios e caros de consertá-los. Então, não deixe de questionar o dono sobre isso.


5 –  E o documento está em dia?

Um carro sem documentação pode ser produto de roubo ou furto, o que, além de fazer você perder dinheiro, ainda pode lhe causar sérios problemas judiciais. Sendo assim, certifique-se de que a situação do veículo é regular. Pergunte também ao vendedor sobre a quitação de multas, IPVA e DPVAT. Aliás, é muito comum encontrar carros com valor abaixo do mercado justamente por causa das dívidas que ele tem.

Nessa situação, o recomendado é fazer as contas direitinho e ver se o valor abatido compensa os custos extras. Lembrando que o pagamento dessas dívidas deve ser feito à vista, viu? Isso porque, o processo de transferência para o seu nome exige que o carro não tenha nada em aberto, ou seja, nenhum débito.

Para ter certeza que tudo está em ordem, acesse o site do Detran-SP (detran.sp.gov.br) e consulte a situação do veículo. Lá, você vai ver se existem ocorrências de furto ou roubo ativas, penhora judicial, multas etc. Última parte na próxima edição!

Diego Gomes, o DG, é mecânico de formação e proprietário da MD Mecânica Automotiva.
Instagram: @diego.gomes.dg.10 – Facebook: Diego Gomes