
Óleo de motor: como saber a hora correta de trocar?
O óleo de motor é o sangue que garante o bom funcionamento e a durabilidade do coração do seu carro. Ele lubrifica as partes móveis do motor que se atritam umas com as outras, como pistões nos cilindros ou virabrequim e bronzinas. Além disso, ajuda a reduzir as extremas temperaturas internas do motor, provocadas pela combustão dos gases.
O que pode acontecer se você não realizar a troca do óleo corretamente? O erro mais frequente é o motorista simplesmente esquecer de conferir a quilometragem (ou o prazo, o que vencer primeiro) determinada pelo fabricante do carro para substituir o óleo lubrificante. Os intervalos de troca variam de 5 mil a 10 mil quilômetros ou de 6 a 12 meses.
Manter o óleo por intervalo maior é prejudicial, porque os aditivos perdem suas propriedades e, com isso, pode ocorrer um desgaste maior nos componentes. Outro problema é que óleo vencido pode engrossar e se transformar quase numa graxa, chamada de borra, deixando de circular corretamente pelos canais internos.
Há motorista que se recusa a trocar o óleo no prazo de 12 meses. “Um absurdo, pois o carro rodou somente 3 mil km”, alega. Isso significa ignorar o fato de que, mesmo sem rodar, os aditivos perdem suas características, exatamente como acontece com um remédio vencido. É normal o nível de óleo (medido na vareta) abaixar um pouco antes do vencimento, pois sempre existe a queima de um pequeno volume do lubrificante durante a combustão.
Uma pergunta frequente na oficina é: “Preciso trocar filtro e óleo juntos? Sim, pois o filtro pode acumular sujeiras que contaminam o novo lubrificante. Existem alguns mecânicos que sugerem trocar o filtro apenas a cada duas trocas de óleo. Esse é o tipo da “economia de palito”, pois o preço do filtro é quase simbólico em relação ao custo do óleo.
Hoje, há três tipos de óleos lubrificantes: minerais, semissintéticos e sintéticos. É importante seguir as instruções do manual em relação a todas essas características, e não se deve misturar lubrificantes diferentes (sintético com mineral, por exemplo) na hora da troca, pois eles não se combinam.
Diego Gomes (DG) é mecânico de formação e proprietário da MD Mecânica Automotiva.
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