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Quatro Rodas com DG por Diego Gomes


Amortecedores: como saber a hora de trocá-los


Muito importantes para o bom funcionamento do veículo, os amortecedores, assim como inúmeras outras peças, também exigem manutenção preventiva. Além de compor o sistema de suspensão, garantindo maior segurança ao dirigir, controlando o movimento do carro, eles mantém as rodas em contato com o solo e amenizam os impactos gerados pelo piso.

Quando envelhece, o amortecedor deixa de cumprir suas funções, o que pode afetar o desempenho de outros componentes, bem como aumentar o desgaste dos pneus, por exemplo, gerando gastos maiores para o dono do veículo. Por isso, é preciso ficar atento à hora de trocar essa peça. Mas, afinal, quando ela deve ser trocada?


No dia a dia, existem inúmeras variáveis que podem alterar o tempo de vida útil de um amortecedor, e, por isso, não dá pra confiar muito em um prazo por quilometragem. Tudo depende do tipo do piso em que o carro costuma rodar. Em estradas esburacadas ou de terra, por exemplo, a validade é bem menor do que nas asfaltadas sem buracos. Por isso, a durabilidade tanto pode não chegar aos 50 mil km, como ultrapassar os 150 mil km.


Assim, sugerimos que procure um mecânico de confiança para verificar os amortecedores a cada 10 mil km ou 1 ano, o que ocorrer primeiro. Diagnosticada alguma avaria ou anormalidade pelo profissional, eles deverão ser trocados.


Mas se o motorista for negligente e preferir não fazer o serviço com um profissional, ele pode trocar a peça ao perceber as seguintes anormalidades na dirigibilidade do veículo: desgaste acentuado e irregular dos pneus, perda de estabilidade nas curvas, comprometimento na frenagem e barulho na suspensão.


O recomendável é substituir os amortecedores sempre aos pares, para cada eixo. Isso porque, quando um novo trabalha em conjunto com um usado (mesmo que em boas condições) no mesmo eixo, pode haver um desequilíbrio e prejudicar a dirigibilidade. Porém, a troca dos amortecedores de um eixo não implica na substituição dos demais, desde que ainda estejam em boas condições.


Outra dica importante, é evitar o uso dos recondicionados, já que apresentam grande perda de eficiência e, consequentemente, causam sérios problemas como a perda de estabilidade do veículo, sobretudo, nas curvas. Sem contar com o desgaste prematuro dos pneus e demais componentes do sistema de suspensão, como coxins e buchas.

Diego Gomes, o DG, é mecânico de formação e proprietário da MD Mecânica Automotiva.
Instagram: @diego.gomes.dg.10 – Facebook: Diego Gomes