Desde o ano passado o Brasil está sofrendo com um cenário que inclui recessão, desemprego alto e uma inflação que excede a meta do Banco Central há anos, o que pesa sobre a demanda por novos imóveis e dificulta a tomada de empréstimos.
O governo tem usado os bancos estatais para impulsionar o crédito em um esforço para estimular o crescimento, mas o temor maior em relação às contas públicas do país tem tornando essa estratégia cada vez mais insustentável.
Por isso, as imobiliárias usam a criatividade para driblar a crise no setor. O Jornal Tribuna conversou sobre o assunto com Renato Gonçalves que, junto com seu sócio, Carlos Nascimento, estão na direção da Imobiliária Real em Paulínia. Eles explicaram como estão conseguindo se destacar no mercado mesmo neste período desfavorável. Confira.
Como você analisa essa fase de crise em relação aos negócios imobiliários?
Renato: Primeiramente, não acredito, necessariamente, que a crise seja prejudicial ou nocivo à negócios. Obviamente, os números diminuem, os clientes ficam mais escassos e mais exigentes. Porém, entendemos que é a oportunidade de focar em novos negócios ou, ao menos, modernizar através de estrutura interna, treinamentos de funcionários, entre outras medidas, visando tornar todo processo mais ágil e prático.
O que a REAL tem feito para dar respostas positivas perante a crise?
Renato: A REAL IMÓVEIS tem se aperfeiçoado cada vez mais em locação e administração de imóveis, tornando sua principal atividade atualmente. Buscamos cada vez mais assegurar ao cliente proprietário (locador), a segurança dentro de uma análise criteriosa de cadastro de cliente inquilino (locatário) e, para esse cliente, buscamos sempre ao máximo, viabilizar para que o negócio se concretize. Como sempre, o maior gargalo em locação, para todas as partes ainda é a garantia locatícia, e nisso saímos na frente, quando optamos em aceitar garantias alternativas, como capitalização, fiança bancária, fiança pessoa física, entre outros que a legislação orienta. Dessa forma, temos um período locatício muito mais tranquilo, onde a inadimplência na nossa empresa é baixíssima.
Contamos também com estrutura interna adequada tanto para o lado administrativo/financeiro, quanto para o lado comercial. Nosso período médio de locação de imóveis (considerando valor justo de mercado) é de 20 dias. Dificilmente ficamos com imóveis vazios.
Enfim, sempre acreditei que trabalho sério, responsável e focado, dá resultado. E dessa forma temos conseguido fomentar, em tempos de crise, negócios interessantes atendendo o anseio de nossa população. Afinal todos precisam “morar bem” dentro da possibilidade de cada um.
E também não menos importante, nosso departamento de vendas tem obtido resultados favoráveis, considerando a conjuntura atual do país. Onde a nossa confiança e credibilidade perante a cidade através de nós, sócios, tem feito a total diferença.