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Sem acordo com a Prefeitura, Bezerra de Menezes fecha as portas em Paulínia


Em 15 anos de funcionamento, o Bezerra de Menezes atendeu cerca de 3 mil casos em Paulínia

A unidade do Bezerra de Menezes de Paulínia, instituição que trata de dependentes químicos, fechou as portas nesta terça-feira (13). Depois de 15 anos de funcionamento em uma área do Parque da Represa, todos os funcionários foram dispensados e o terreno será devolvido à Prefeitura da cidade.
Segundo o então consultor em dependência química da unidade, Pedro Manoel, não houve acordo entre a sede da instituição, que fica em São Bernardo do Campo e a atual administração de Paulínia, mas não soube dizer o motivo exato da interrupção dos serviços na cidade. “O processo de fechamento já vem acontecendo há pelo menos uns seis meses. Já não estávamos atendendo com a capacidade total porque a estrutura física não comporta. Três quartos estão interditados porque foram condenados pela Defesa Civil, o refeitório está todo quebrado”, disse. Ainda de acordo com ele, as obras de reforma foram iniciadas, mas não teve continuidade.
Arrasados com a decisão do fechamento, os funcionários assinaram a carta de demissão nesta terça-feira (13), mas estão confiantes de que alguém possa reativar a unidade. “É triste demais. Contando com os recaídos, já atendemos cerca de 3 mil casos em Paulínia. A cidade fecha uma instituição desse porte ao invés de reformar, ampliar ou até de abrir outras. É lamentável, mas quem sabe alguém assuma à frente da unidade e dê uma nova esperança aos familiares desses funcionários que foram demitidos agora, próximo do Natal”.
Segundo Pedro Manoel, alguns internos foram transferidos para São Bernardo do Campo para finalizar o tratamento e outros receberam alta. “Acabou. A instituição tem 15 anos em Paulínia, é da época do Edson Moura, foi ele quem trouxe o Bezerra pra cá e cedeu o terreno que é da prefeitura. Amanhã vem um caminhão para levar embora o que é do Bezerra e as coisas que são da prefeitura vai ficar aqui até eles também virem buscar. Isso é briga de gente grande e nós, funcionários, não temos nada a fazer. Até protocolamos vários documentos na prefeitura, mas fica só no papel”.
No momento em que nos concedia a entrevista em frente à instituição, Pedro Manoel se emocionou ao relembrar os anos trabalhados no local e ao presenciar a chegada de um funcionário da sede de São Bernardo. “Agora acabou. Ele veio trazer nossa demissão”.

 

 

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