Início Educação Semana de Estudos no IBP aborda “Teologia: modo de fazer”

Semana de Estudos no IBP aborda “Teologia: modo de fazer”

 

Buscando mostrar a diversidade de estudos produzidos em várias áreas do conhecimento humano sobre como fazer teologia, o IBP-Instituto Bíblico de Paulínia encerrou nesta quinta-feira  sua VIII Semana teológica. O tema proposto neste ano foi “Teologia: modo de fazer” foi ricamente explorado pelos professores da instituição durante quatro noites.

No primeiro dia o teólogo e professor Agnaldo Betti abordou as crenças presentes na sociedade e frisou a coerência do teísmo: “Toda sociedade está assim dividida, os teístas, creem na existência de Deus, outros em oposição, os ateístas não creem que Deus existe e outros ainda, os agnósticos não querem se preocupar com isso”, explicou Betti. Depois usou quatro sentenças declarativas para justificar a existência de Deus. Os argumentos usados foram: o sentido da vida; o desígnio de cada criação de Deus como a natureza e suas leis perfeitas, o corpo humano e seu funcionamento e mostrou que para toda essa perfeição existe um ser perfeito e inteligente que fez tudo com um propósito; outro argumento foi o cosmológico, aqui Betti usou  a lógica: “É correto concluir que objetos como os relógios foram feitos por criadores inteligentes porque têm partes que funcionam conjuntamente com um propósito.  Temos as mesmas provas para pensar que o universo é como os relógios, pois também é composto de partes que funcionam conjuntamente ao serviço de um propósito.  Logo, podemos concluir justificadamente que o universo foi feito por um criador inteligente, Deus”.  O último item tratado pelo professor foi a Ontologia (estudo do ser). “A estrutura lógica do Argumento Ontológico é que Deus é o ser maior do que o qual nada pode ser pensado. Se Deus existisse apenas no pensamento, então não seria o ser maior do que o qual nada pode ser pensado (uma pessoa real seria maior do que Deus, pelo que seria possível conceber seres maiores do que Deus). Logo, é falso que Deus exista apenas no pensamento; ele existe também na realidade”, encerrou.

No segundo dia, o tema tratado foi a busca por uma definição da teologia praticada pelos pentecostais. O professor e escritor (autor de seis livros na área da teologia) Gunar Berg percorreu os vários pensadores  ao longo da história da teologia e apresentou: “Não podemos construir teologia sem tradição, não há como desprezar aqueles que fizeram as reformas como João Calvino, Martin Lutero e Jonh Wesley, nem os outros grandes pensadores do passado”. Ficou claro que esses ícones do pensamento filosófico teológico  tiveram influência no que se formou hoje. O professor também teve o cuidado de esclarecer que se deve aplicar apenas aquilo que a Bíblia ensina como regra de fé e conduta, como Lutero: “somente as Escrituras”.

Gunar alertou para o perigo de cremos em heresias: “Quando se coloca a tradição de uma igreja no lugar da Palavra de Deus, então temos uma heresia”, explicou ele sobre a respeito de igrejas que cocam sua tradição, usos e costumes como doutrina bíblica a ser observadas pelos fiéis.  Ao fim, o professor concluiu: “A teologia pentecostal é baseada em experiência dos crentes que vivem a teologia que pregam. Línguas estranhas, sonhos, visões, são experimentos dos pentecostais, vividos por eles. A teologia pentecostal aceita o milagre conforme está escrito na Bíblia, aceita que Deus, às vezes, transgride as leis do universo que ele próprio criou para realizar milagres”.

 

A construção do um pensamento teológico cristão

 

O terceiro dia focou a construção do um pensamento teológico cristão. O professor e evangelista Paulo Damasceno se preocupou em apontar as diversas cosmovisões existentes e mostrar a direção Bíblica. Para isso esclareceu com um texto da palavra de Deus, presente no livro de Salmos, capítulo 94: 10-12: “O SENHOR ensina todos os seres humanos,  será que ele não tem sabedoria? O SENHOR conhece os pensamentos das pessoas e sabe que eles não valem nada.

Ó SENHOR Deus, felizes são aqueles que tu ensinas, aqueles a quem ensinas a tua lei!”. Indagações como: como navegar de forma eficaz num mundo cheio de lentes intelectuais, qual dessas lentes vai imprimir a impressão da verdade na mente humana?, foram respondidas e argumentadas. O professor também observou o posicionamento do pensamento cristão na cosmovisão; a grande conquista das armas espirituais; a compreensão da fé e os resultados práticos do pensamento cristão.

O último estudo da VIII Semana Teológica apontou as divisões e subdivisões das teologias que envolvem as áreas primordiais do ser, onde se abrange: questões humanas; questões doutrinárias; questões científicas. “Quantas teologias há? Esse foi o questionamento tematizado pelo professor e pastor Diego Teodoro.  “As divisões são: humanas, doutrinárias e cientificas e ainda existe uma subdivisão que totaliza 23 tipos de teologia”, observou Teodoro. As diversas linhas de pensamentos foram citadas para uma melhor compreensão: a teologia paulina (apóstolo Paulo), a Agostiniana (Aurélio Agostinho, mais conhecido como santo Agostinho); Bhartiana (Karl Barth); a Calvinista (João Calvino); Arminiana (Jacó Armínio) e a teologia wesleyana  (John Wesley).

Após a exposição, o professor concluiu: “A teologia tendenciosa é cruel e criadora de verdadeiros monstros, pois é exclusivista e extremamente limitadora. Porém, a teologia como ciência, onde o único material didático é a bíblia é magnífica, formando não só pensadores, mas sim, autênticos servos de Deus que sabem separar a religião da ciência e vivem bem crescendo na graça e no conhecimento”, finalizou.

A VIII Semana Teológica encerrou as aulas do IBP deste ano de 2012. Em 2013, retornam em fevereiro.

 

O Instituto Bíblico de Paulínia

 

Inaugurado em 2007, o IBP foi uma iniciativa da Igreja Assembleia de Deus ‘Ministério Belém’ e tem o objetivo de propagar o Evangelho de Jesus Cristo. Os interessados em participar dos cursos devem procurar a Secretaria do IBP, pelo telefone (19) 3844-6067 ou pessoalmente no centro de Paulínia, na Avenida José Paulino. São 50 vagas para o curso Básico, 25 para o Médio e 80 para o Curso de Formação de Obreiros.