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Servidores decidem manter greve depois de governo se recusar a negociar

 

Texto: Jornalista Vera Leão

A adesão a greve dos servidores públicos aumentou após resposta da administração às reivindicações da categoria durante uma reunião que aconteceu na tarde de quinta-feira, dia 7. De acordo com o STSPMP (Sindicato dos Trabalhadores Servidores Municipais Públicos de Paulínia) quase dois mil servidores assinaram a lista de presença na assembleia na manhã de ontem, um dia após a reunião. O encontro foi realizado para comunicar a resposta da Prefeitura. Segundo o presidente do Sindicato, Eudinei Cabral de Oliveira o governo aceitou a proposta do Sindicato que estabelece o dia 1º, do mês de março, como data base, porém, contrariando a vontade dos grevistas, sem efeito para o ano de 2012, com vigência apenas em 2013, ano em que o atual prefeito nem estará mais no cargo; sobre o reajuste dos salários, a administração diz que não pode corrigir devido a Lei de Responsabilidade Fiscal; também deixaram claro que pretendem negociar o vale alimentação e auxílio saúde somente no próximo ano. O prefeito José Pavan Junior (DEM) não participou da reunião, somente os seus secretários, dos Negócios Jurídicos, Leonardo Ballone e a secretária de Finanças e Administração, Carolina Bordgnon.

Mais de 1,5 mil pessoas estavam presentes em frente a Prefeitura para negociar. “Concordo com a greve, pois mesmo tendo um dos maiores salários da região, não podemos descuidar, afinal de contas se continuar como está, sem reajustes, daqui a pouco esse salário não vale mais nada. O que nos garantiu melhorias foram os abonos concedidos pela administração passada e esses não fazem parte do salário”, reclamou uma servidora da área da Educação.

Uma nota, enviada pela Assessoria de Imprensa da Prefeitura, diz que o prefeito “está triste e lamenta” a situação. “Gostaria de ter a possibilidade de atender as reivindicações e promover à população a continuidade dos trabalhos e das prestações de serviços, pois são os trabalhadores os mais atingidos com estes transtornos….conclamo os funcionários que voltem aos seus compromissos para os quais foram contratados, porque cabe a nós zelar acima de tudo pelo interesse público e pelos direitos fundamentais de toda a população”. A nota também ameaça “A Prefeitura Municipal através da Secretária de Negócios Jurídicos anunciou que se o movimento grevista permanecer causando transtornos a população, entrará na justiça pedindo que a greve seja declarada abusiva”.

Ainda na manhã de ontem, os servidores votaram pela manutenção da greve; realizaram um cortejo fúnebre, com alguns carregando um caixão escrito “1 Bilhão”, que simbolizou o orçamento municipal, mal administrado pelo atual prefeito e caminharam até a Câmara Municipal para pedirem o apoio dos vereadores.

De acordo com o sindicato, o movimento terá continuidade, neste sábado e domingo, às 7h30, acontece assembleias em frente a sede do sindicato e na segunda-feira, dia 11, o encontro será no mesmo horário, em frente à Prefeitura.

Reivindicações

A pauta de reivindicações dos servidores inclui criação de uma “data base” para negociações da categoria com a administração; reposição de perdas salariais com defasagem desde o ano de 2006; reajuste no valor do plano de saúde, reajuste real de 8% no salário e reajuste no vale alimentação que tem o mesmo valor de o ano de 2001.

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