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Sindicato dos Rodoviários pede investigação ao MP, por segurança no transporte público de Indaiatuba

Incidentes recentes evidenciam a falta de manutenção adequada dos ônibus da Sou Indaiatuba, pertencente à Sancetur. Em Americana, ocorrências similares tem se repetido em empresa do grupo.

Devido aos episódios recentes relacionados à falta de manutenção ocorridos com os ônibus da Sou Indaiatuba, do Grupo Sancetur, o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Campinas e Região oficializou um pedido de investigação ao Ministério Publico do município, para tentar garantir mais segurança aos usuários do sistema. A entidade pediu, inclusive, a fiscalização no transporte escolar, também operado pela empresa.
Num dos casos mais recentes, um ônibus da empresa teve uma roda que se soltou com o veículo em movimento, atingindo e machucando um pedestre, no sábado passado (21). Um dos jornais da cidade de Americana também noticiou por duas vezes, na semana passada e nesta semana, o fato de peças de aparelho de ar condicionado terem caído entre os passageiros e do lado de fora, no trajeto de duas linhas diferentes da Sou Americana. Além disso, é comum ver denúncias de usuários em redes sociais ou em sites relacionados aos municípios, informando que os aparelhos de ar condicionado se encontram visivelmente sujos e soltam poeira no interior dos ônibus.
O advogado do sindicato, Marcos Cará, explicou, em entrevista à uma rádio de Indaiatuba, que o sindicato recebeu denúncias sobre a situção. “Nós recebemos denúncias de motoristas e também do pessoal da manutenção de que esses ônibus têm essa maquiagem. Eles têm a carroceria 2017, mas no interior, são ônibus antigos. Porque não há como usar um ônibus de um ano, um ano e meio, e o pneu dele ficar careca. Um pneu de ônibus dura muito mais do que isso”, garantiu.
Ele disse que a manutenção é quase inexistente. “Eles tiram peças de um ônibus e colocam no outro”, denunciou.
Cará informou ainda, durante a mesma entrevista, que o sindicato começou a desconfiar ao receber informações de trabalhadores de que há plaquetas, nos carros, evidenciando que a fabricação de muitos veículos seria de 2007.
Segundo o advogado, o sindicato encaminhou essa denúncia à prefeitura de Indaiatuba, mas a administração não tomou providências, como ocorre frequentemente. A prefeitura não fiscaliza nem autua a empresa a respeito dessa situação, de acordo com ele. O representante do sindicato informou, também, que há outros questionamentos protocolados pela entidade na prefeitura de Indaiatuba, relacionados à falta de recolhimento do FGTS e do INSS dos funcionários, por parte da empresa, sobre os quais a administração não tomou providências.
A Sancetur foi procurada pela reportagem, para se manifestar sobre as acusações, assim como a assessoria de imprensa da prefeitura de Indaiatuba, mas tanto a empresa quanto a administração não responderam aos questionamentos até o fechamento desta edição.
Sobre a falta de pagamento do FGTS e não recolhimento do INSS dos funcionários da Sou Indaiatuba, a assessoria de imprensa da prefeitura de Indaiatuba informou à reportagem, no mês de agosto, que notificou a empresa no dia da paralisação parcial do transporte urbano, em 23 de abril, quando tomou conhecimento, por meio dos sindicalistas, de que o movimento teria decorrido desse problema. Na notificação ainda constaria um pedido de informações sobre a situação dos recolhimentos e prazo para regularização.

Justiça condena prefeito de Indaiatuba à perda de cargo e multa, por improbidade administrativa

O prefeito de Indaiatuba, Nilson Gaspar (MDB), foi condenado em primeira instância à perda do cargo e a pagar multa por improbidade administrativa, nesta semana. De acordo com denúncia do Ministério Público à Justiça, ele associou-se a uma empresa, por intermédio de outra, para participar de licitações no município e no Sistema Autônomo de Água e Esgoto (Saae), do qual era superintendente. Ele foi eleito em 2016.
A decisão, da 2ª Vara Cível, condenou ainda o ex-prefeito Reinaldo Nogueira e outras três empresas. Mas Gaspar ainda pode recorrer e não deve deixar o cargo enquanto houver novas possibilidades de contestação da sentença, informou o MP.
Segundo o órgão, Nogueira e os outros réus adquiriram cotas de uma das empresas, para participar e vencer licitações no município entre 2014 e 2016. O ex-prefeito foi condenado à perda de função pública e dos direitos políticos por 10 anos.

(Com informações/G1Campinas)