Início Região Sindicato dos Rodoviários questiona contrato da Sancetur para transporte escolar em Salto

Sindicato dos Rodoviários questiona contrato da Sancetur para transporte escolar em Salto

O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Campinas e Região, na pessoa do vice-presidente Izael Soares de Almeida, protocolou na quinta-feira, dia 20, um requerimento direcionado ao prefeito de Salto, denunciando a falta de compromisso e desrespeito da empresa que opera o transporte escolar na cidade, em caráter de urgência, devido a gravidade dos fatos.

A denúncia dá conta de desvio de finalidade do contrato emergencial da empresa Sancetur (Santa Cecilia Turismo LTDA no Transporte Escolar) que recentemente passou a operar o transporte escolar naquela cidade. Entretanto, o município de Salto está sendo atendido no transporte escolar, por ônibus da frota destinada exclusivamente ao transporte coletivo urbano de Indaiatuba, segundo o documento “incorrendo em gravíssimo descumprimento do contrato emergencial, desviando a finalidade da frota de ônibus urbanos da cidade de Indaiatuba e sub atendendo o transporte escolar no município de Salto”.

Izael reforça que é evidente que a atitude relatada traz enormes prejuízos à população de Indaiatuba, posto que toda a frota constituída de ônibus regulares mais uma frota reserva de 10% constam da tarifa pública, ou seja, a população paga pelo uso dos ônibus que deveria ser de uso exclusivo de Indaiatuba e foram desviados para atender Salto, cidade vizinha.

O requerimento ainda fala de outras questões importantíssimas relacionadas à segurança, já que para a operação do serviço escolar é exigido do motorista cursos e habilitação específica, que envolve diretamente a segurança dos alunos, como o embarque e desembarque de crianças pequenas, infringindo normas de segurança exigida pelo Contran (Conselho Nacional de Trânsito), além de outras contravenções.

“Obviamente, a empresa Sancetur está operando dois contratos com apenas uma frota e o que mais tem chocado os trabalhadores é a desfaçatez com que agem”, protesta o representando dos trabalhadores. “As denúncias dão conta de que os motoristas sem as devidas qualificações estão sendo coagidos a agirem contra a lei, e são constrangidos com ameaças de demissão quando se negam”, denuncia Izael.

Concorrência desleal

O documento encaminhado ao prefeito de Salto, ainda indica que a empresa forneça informações do contrato que seria de R$ 8 mil por cada ônibus, por mês, sendo que nos municípios vizinhos é cobrado o valor de R$ 35 mil por ônibus mensalmente, incorrendo com irregularidades na contratação com preços inferiores ao valor de custo dos ônibus, tendo que explicar demais gastos como mão de obra, combustível e manutenção claramente afetando o equilíbrio econômico- financeiro do contrato, objetivo de investigação, inclusive pelo Ministério Público Estadual para coibir prática ilegal de contratação abaixo dos preços, inibindo a participação de outras empresas concorrentes.

“Como representante dos direitos dos trabalhadores, cabe a mim tornar pública essas denuncias e buscar apoio para a classe junto ao MP e órgãos competentes, para analisar a questão. Fiz esse protocolo esperando que as autoridades nos ajude a buscar uma resposta. Não podemos aceitar essa situação absurda, caótica, constrangedora e as ameaças a que os colaboradores estão sendo submetidos. As denúncias são muito graves e a empresa está colecionando uma série de irregularidades nas cidades onde opera”, finaliza Izael.

Além disso, o porta-voz dos trabalhadores reclama que os motoristas continuam sendo obrigados a pagar em caso de acidente de trânsito ou quando um pneu careca estoura. “Quando esse se recusa a pagar é demitido por justa causa. Lamentável!”

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