Trabalhadores estariam sendo forçados a realizarem atividades que não são descritas nas suas funções
Dirigentes do Sindicato dos Servidores de Paulínia foram impedidos na sexta-feira, 16, de entrarem na creche Benedito Dias de Carvalho Junior para averiguarem denúncias de que trabalhadores do setor da educação eram forçados a realizarem atividades que não são descritas nas suas funções estabelecidas por concurso.
Diante da proibição, o Sindicato anunciou que tomará medidas judiciais e administrativas.
Em nota publicada no final da noite de noite de sexta-feira, os dirigentes sindicais ainda afirmaram que ao chegarem à creche dirigiram-se aos responsáveis pelo estabelecimento de forma respeitosa, apresentando identificação e informando a visita, mas foram impedidos.
“Esta é uma atividade inerente às atribuições sindicais e que não abriremos mão de exercê-la, para a defesa intransigente dos direitos da categoria, da democracia e da liberdade sindical”, informa a nota divulgada.
De acordo com o Sindicato dos Servidores, uma visita já havia sido feita em outra unidade de trabalho para acompanhar situação semelhante e chegou à conclusão de que havia a necessidade de elaborar protocolos administrativos para apontar a necessidade de regularização destas distorções, mas não obteve resposta.
A presidente do Sindicato dos Servidores de Paulínia, Cláudia Pompeu, disse ao TODODIA que a atuação sindical é feita com tranquilidade em diversos setores do poder público, mas a pasta da educação, sob o comando de Luciano Ramalho, sempre trouxe problemas. “A secretaria de Educação é muito grande e reconhecemos que a administração herdou problemas de outras gestões. A questão não são os problemas em si, mas a forma como eles têm lidado com eles”, afirmou Pompeu.
Ela afirma que a entidade sempre buscou o diálogo para viabilizar a solução de problemas como a questão da atribuição das aulas, estabelecimento de recesso nas creches e outras questões urgentes que não recebem uma resposta satisfatória.
“Fazemos pedido administrativamente, mas as soluções não acontecem e automaticamente somos cobrados pelos servidores que por justiça querem uma solução”, lamentou Cláudia Pompeu.