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VERGONHA: Saúde presta contas, mas só um munícipe comparece

Às moscas, Saúde presta contas do 3º trimestre: R$ 38,768 milhões
A Secretaria Municipal de Saúde apresentou a prestação de contas do 3º Trimestre de 2011 (julho à setembro), na tarde desta quinta-feira, dia 15, no Plenarinho da Câmara Municipal e os valores apresentados não foram bem recebidos por quem esteve lá para conferir. O ex-presidente do Conselho de Saúde, Laércio Nali questionou valores pagos a aluguéis de imóveis, subvenções que a pasta administra, os gastos no gabinete do secretário, entre outros. De acordo com Nali, a apresentadora não soube explanar de maneira satisfatória. “Você está esclarecendo o melhor que pode, não depende de você, mas no meu ponto de vista diante dos recursos que a Administração tem, pelo orçamento que a cidade tem, acho que existem muitos gastos externos quando na verdade os serviços deveriam ser executados pela própria administração, é um montante de dinheiro e recursos significativos”, reclamou Nali.

Entre outros valores, a funcionária da SMS, Érika Galo, responsável pela elaboração dos slides apresentados, informou que o órgão gastou R$ 1,728 milhão com despesas do gabinete do secretário; R$ 9,185 milhões com a manutenção da rede ambulatorial; R$ 21,455 milhões na manutenção do Hospital Municipal de Paulínia (dentre as despesas, os gastos são referentes à recursos humanos, materiais de consumo, serviços de pessoa física e jurídica equipamentos e verbas de adiantamento).

Outros destaques da apresentação foi o departamento de Oncologia, neste as despesas gastas somaram R$ 367.766,22 já com a manutenção do departamento de Geriatria R$ 444.618,03 e com Odontologia a secretaria consumiu R$ 2.447.696,32, o departamento de reabilitação foi responsável por gastos no valor de R$ 2.494.463,20.

De acordo com Érika, a soma total dos gastos de julho a setembro foi fechado no valor de R$ 38.768.281,63 sendo que o Hospital municipal abocanhou o maior valor e foi o responsável por 55,34% dos gastos. O departamento de Recursos Humanos da secretaria consumiu R$ 23.769.338,32, ou seja, 61,31% e os Serviços de Pessoa Jurídica R$ 7.038.253,25 foi o segundo maior percentual, 18,51%.      

Outro questionamento de Nali, único munícipe presente na audiência foi a respeito da compra de um equipamento, o mamógrafo que venceu a garantia sem ser instalado. Segundo ele, o aparelho permaneceu embalado dentro da caixa. “Buscamos serviços externamente, o aparelho não foi barato, daria mais conforto para as pessoas que ao invés de ter que se deslocar para outro local fariam o exame aqui mesmo no município, o aparelho já estava comprado”, indignou-se.  Ele disse também que não é só Paulínia que sofre com o problema do atendimento ruim na Saúde, mas se forem analisados os recursos que esta cidade tem veremos que Paulínia pode oferecer um atendimento de primeiro mundo para a população: “Infelizmente isso não acontece por falta gestão pública”, declarou.

Além de Érika estiveram presentes na audiência apenas Nali, um representante do vereador Custódio Campos e o presidente do PMDB local, Danilo Garcia. “Esse é um momento importante para a população vir se manifestar, o povo também tem sua parcela de culpa, deveriam participar mais”, finalizou o ex-presidente do Conselho de Saúde.