Este é o terceiro pedido recebido pela Casa de Leis de Paulínia. Vereadores optaram pelo arquivamento dos dois documentos anteriores
Após o MP (Ministério Público) abrir um inquérito civil para investigar o prefeito de Paulínia, Dixon Carvalho (PP), o chefe do Executivo também foi alvo de um pedido de abertura de CP (Comissão Processante) na Câmara.
A denúncia, de um ex-candidato a vereador, aponta a suposta ocorrência de enriquecimento ilícito, falsidade ideológica, fraude em contratação emergencial, superfaturamento e lavagem de dinheiro. O pedido de abertura de comissão processante foi protocolado na quarta-feira (12) na Câmara, e entregue ao presidente da Casa, o Du Cazellato (PSDB).
Segundo o ex-candidato a vereador pelo PTB Eduardo Evangelista Figueiredo, há diferenças entre as declarações de imposto de renda do prefeito e as declarações de bens dadas por ele à Justiça Eleitoral.
“Isso ocorre desde (as eleições de) 2008, e se repete nas eleições de 2012 e 2016. Se confrontar os impostos de renda com as (declarações) da Justiça, vai ver que é fora do comum”, afirmou. Figueiredo também aponta que, pelo menos, dois contratos firmados no início do ano pela gestão Dixon em caráter emergencial foram supostamente superfaturados.
Agora, o pedido será apreciado pelo Jurídico do Legislativo, que deverá emitir um parecer sobre a admissão ou não. Caso seja aceito, é formada uma comissão, escolhido um vereador relator e inicia-se o processo de apuração. Se o parecer do Jurídico for contrário, o pedido é arquivado.
Câmara vai decidir
Este é o terceiro pedido de cassação do prefeito de Paulínia recebido pela Câmara. Os dois primeiros foram lidos, votados e rejeitados pela maioria dos vereadores no último dia 28 de março.
Este novo pedido de abertura da CP será votado pelos Vereadores na primeira sessão após o recesso, dia 1º de agosto. Caso seja aprovada, os parlamentares irão investigar as denúncias e decidir se cassam ou inocentam o prefeito.