Início Denúncia Cidade milionária e saúde de Paulínia continua na UTI

Cidade milionária e saúde de Paulínia continua na UTI

Faixa em frente ao Hospital indica o descontentamento dos servidores com a administração

Falta de investimento faz população sofrer com problemas na Saúde

Hospital Municipal e UBS’s fazem atendimento precário com falta de remédios, demora na realização de exames e equipamentos sucateados

 

A triste realidade de quem precisa do atendimento no Hospital Municipal de Paulínia e nas UBS’s (Unidades Básicas de Saúde) se agrava a cada dia.
Há quatro anos o hospital, único na cidade, não consegue suprir a demanda de atendimento e faltam até materiais básicos como lençóis, papel higiênico, roupões para pacientes e medicamentos.
Vários equipamentos sofisticados e com tecnologia de ponta estão sem funcionar e consequentemente se deteriorando por falta de uso e espaço adequado para preserva-los. Enquanto isso, a demora para a realização dos exames. Também problemas de preservação da estrutura do prédio prejudicaram o atendimento aos pacientes, por várias vezes como  a interdição do centro cirúrgico, ocorrida em julho de 2012 por causa de uma grave infiltração de água.  Essa situação provocou a suspensão de cirurgias de emergência.
A falta de investimentos no setor é uma das principais causas da Saúde precária em Paulínia.
Em dezembro de 2012, a apenas 4 meses atrás,  o Tribuna de Contas do Estado (TCE), divulgou que a cidade investiu menos que o mínimo estipulado por lei, que é de 15% do Orçamento, na área da saúde. Isso é o que aponta o levantamento disponibilizado pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado) de São Paulo sobre as contas de 2011 de todos os 644 municípios paulistas. Paulínia e Santa Bárbara são as únicas cidades da RMC (Região Metropolitana de Campinas) que aparecem na lista das que descumpriram a legislação nesse quesito.
Paulínia ocupa a sexta posição, tendo investido 14,3% do Orçamento, que é de R$ 983 milhões. O investimento na pasta foi de R$ 127 milhões. Os índices colocaram a cidade entre as 17 do Estado de São Paulo que investiram valor abaixo de 15% na área, o que infringe o artigo 77 da Constituição Federal, inciso III.


 

Confira o que já foi notícia recente sobre o descaso na Saúde em Paulínia

 

Aposentada mostra na reportagem exibida na EPTV o medicamento que necessita para aliviar os sintomas do mal de Parkinson

Descaso da Prefeitura com a Saúde continua colocando vida de usuários em risco

A reportagem exibida no dia 7 de janeiro de 2013 pela EPTV confirmou mais um descaso da Prefeitura com os usuários da Saúde em Paulínia.
Os medicamentos para mal de Parkinson estiveram em falta nas farmácias do município causando vários transtornos aos pacientes.
A aposentada Iris Sena Castro de Paulínia relatou a repórter Edileine Garcia que necessitava dos medicamentos para controlar a doença há oito anos  e que não estava mais conseguindo retirar o remédio nas farmácias de Paulínia. Uma outra moradora a dona Geni Cardoso Rosa diz que seu marido precisa de um outro remédio que também está em falta o Carbidopa + Levidopa. “Sem esse medicamento ele não pode sair de casa. É um medicamento que tem que ser usado todo dia”.  Na farmácia de alto custo duas funcionárias disseram à repórter que não havia previsão para a chegada dos medicamentos.


 

 

Mesmo após a denúncia do CQC em rede nacional, a Saúde de Paulínia continua uma das piores do país

Péssimo atendimento denunciado pelo programa CQC

Em julho de 2012 o programa CQC da TV Bandeirantes esteve em Paulínia para constatar o péssimo atendimento e infraestrutura oferecidos à população.

Em frente ao Hospital Municipal, o repórter Oscar Filho entrevistou vários moradores, que tiveram problemas com os serviços na área da Saúde e outros que perderam pessoas próximas como a moradora Elisabeth Donizete de Oliveira perdeu sua irmã Rosângela Aparecida Garrido, 50 anos, que chegou a ir até o Hospital, porém morreu em frente a entrada do Pronto Socorro.


 

Sem manutenção, infiltrações causam alagamento no HMP

Por causa de problemas causados pela infiltração no telhado do Hospital Municipal, o forro de uma das salas desabou, permitindo a entrada de um grande volume de água, que tomou os corredores do local.
O desabamento ocorreu na sala de enfermagem, que segundo uma funcionária, por sorte, estava vazia. Equipamentos de informática, como computadores e impressoras, ficaram totalmente danificados. Na sala ao lado, estavam os pacientes em observação clínica, que precisaram ser transferidos as pressas para outras alas do Hospital.

 

Sem manutenção, UBS Centro sofre com chuvas

Os usuários que foram à UBS do Centro se deparam com a sala de espera parcialmente interditada, tudo porque um problema no encanamento resultou que uma das tubulações estourasse e apresentasse infiltrações. Esta não é a primeira vez que a situação ocorre no local. Este não foi o único problemas encontrado, os pacientes disseram que a água escorria também através de canos que ficam na parte de fora.

Pai denuncia falta de atendimento médico na UBS Monte Alegre

 

O morador José Fernando Matos está a mais de 60 dias tentando um atendimento médico para sua filha V. G. de M. de 15 anos, por causa de um problema que ela vem apresentando no joelho. Ele explica que sua filha está com um tensor no local, mas está sentindo fortes dores, além da dificuldade de locomoção.
Ao procurar a UBS do Monte Alegre, Fernando foi informado que somente no mês de julho é que talvez seria agendada uma consulta com um Clínico Geral.
Por causa dessa situação, o morador decidiu protocolar um documento na Prefeitura, no dia 5 de abril, solicitando providências para que esse atendimento seja feito o mais rápido possível, pois sua filha está sofrendo.

 

DEPOIMENTOS:

Kátia Alves Silva, 26 anos, Morro Alto

“ Fui levar meu filho para vacinar no Postinho do Planalto e as geladeiras não estavam funcionando, então voltei com meu filho sem a vacina e apenas três dias depois é que me chamaram para dar a vacina nele”.

 

Vanessa Milanez

A UBS  Amélia está  trincando as paredes, vergonha saúde está zero em Paulínia no hospital só um médico atendendo”

 

Rafael César, 32 anos, Monte Alegre

“ Toda vez que preciso levar alguém da minha família no Hospital me dá medo. Fico horas esperando pra ser atendido, um absurdo”

 

Cacilda Silva, 37 anos, São José

“Na época do Moura minha mãe conseguia remédio, agora não tem mais nada”

 

Ermelinda Goes, 71 anos, Monte Alegre

“Estamos esperando para ver se o atendimento no Hospital melhora, porque do jeito que tá não pode ficar mais, está tudo muito ruim lá”

 

Elaine Mara, 50 anos, Monte Alegre

“ A Saúde era muito boa em Paulínia, mas agora está um caos”