O advogado Claudia Nava, que faz a defesa do presidente da Câmara, Antonio Miguel Ferrari, o Loira, desmentiu a afirmação dada por Du Cazellato, em entrevista coletiva nesta quinta-feira, 10, sobre o bloqueio das contas da prefeitura. Segundo Cazellato, o pedido de bloquei solicitado por Loira resultou no atraso de pagamento de alguns prestadores de serviço da Prefeitura de Paulínia.
“Não é possível a fala do Du Cazellato, na entrevista coletiva, em que ele afirma que deixou de pagar alguma coisa porque essas contas estavam bloqueadas, pois não deu sequer tempo de emitir notas fiscais para que ele pudesse efetuar algum tipo de pagamento. Isso é mais um factoide político”, afirmou o advogado.
Nava também explicou que toda vez que um prefeito toma posse, em qualquer circunstância, o primeiro ato a ser feito é solicitar aos bancos o bloqueio de todas as contas para impedir que o prefeito que está saindo mantenha-se com o acesso a essas informações.
“Diante da posse dada pela Câmara Municipal ao Loira e com o protocolo junto à Justiça Eleitoral, foi encaminhado aos bancos na quarta-feira, 9, quase às 16h, um pedido de bloqueio das contas bancárias de todos os acessos do ex-prefeito Du Cazellato. Isso é norma, mas, em ato contínuo, teve a sentença do juiz e aí, automaticamente, as contas foram desbloqueadas”, explicou.
O advogado reiterou que, caso vença a ação em 2ª instância, no Tribunal de Justiça de São Paulo, o pedido de bloqueio das contas será feito automaticamente, pois o procedimento faz parte dos atos administrativos do prefeito que toma posse.
Outro lado
Em nota, a assessoria de Cazellato afirmou que o pedido de acesso às contas bancárias da prefeitura foi realizado no dia 7 de janeiro e o bloqueio ocorreu no dia 9, conforme consta em documento enviado pela agência local da Caixa Econômica Federal. A assessoria disse ainda que as notas fiscais que haviam sido expedidas e estavam programadas para quarta-feira não puderam ser pagas devido ao bloqueio das contas da Administração.
