Imagine uma criança sentada em sua carteira, lápis na mão, olhar distante. A professora explica o conteúdo, mas ela parece estar em outro lugar. Quando chamada, não sabe responder. Os pais recebem recados frequentes sobre sua falta de atenção e rendimento escolar abaixo do esperado. O que pode estar acontecendo?
A desatenção na escola é uma queixa comum, mas compreender suas causas é essencial para intervir corretamente. Nem toda criança desatenta tem Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade – TDAH. A atenção é influenciada por vários fatores, como maturação cerebral, motivação, sono, alimentação, questões emocionais e até o método de ensino adotado.
Quando se preocupar?
Se a dificuldade de atenção persiste ao longo do tempo, compromete o aprendizado e afeta diferentes contextos, tais como a escola, casa e as atividades diárias, vale a pena investigar.
O que pode ser feito?
Escuta ativa e parceria: Professores e pais devem atuar juntos para compreender o que pode estar dificultando a concentração da criança.
Avaliação profissional: A neuropsicóloga pode ajudar a identificar se há dificuldades cognitivas ou emocionais envolvidas. A avaliação permite um olhar aprofundado sobre os aspectos que impactam a atenção e o aprendizado.
Ambiente favorável: A organização do espaço de estudos faz diferença. Reduzir estímulos visuais e sonoros, manter rotina estruturada e criar intervalos entre as atividades ajudam a manter o foco.
Hábitos saudáveis: Sono adequado, boa alimentação e prática de atividades físicas impactam diretamente a capacidade atencional. Pequenos ajustes no dia a dia podem fazer grande diferença.
A atenção não é um botão de liga e desliga, mas um processo que pode ser fortalecido com as estratégias certas. Se há um olhar atento, há um caminho para transformar dificuldades em possibilidades!
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Denise A. Wendland – Psicóloga especialista em Neuropsicologia pelo CRP 06/11172.
