A sessão ordinária da Câmara de Vereadores de Paulínia desta terça-feira (16), estava lotada. Isso, porque estavam em pauta todos os projetos de “Prioridade Social” apresentados pelo prefeito José Pavan Júnior (DEM) que compreende os projetos Bolsa Educação, Renda da Família e Passe da Família. Todos eles foram aprovados por unanimidade quanto a sua legalidade. Agora, o prefeito aguarda que o mesmo aconteça na próxima sessão, marcada para 28 de março, para colocá-los em prática.
O vereador Adilson Domingues Censi (DEM), o Palito, disse todos os projetos que beneficiem a população terão seu total apoio, porém há outras necessidades. “Estão dizendo que somos oposição, mas isso não é verdade, só queremos o melhor para vocês. Tudo o que for relevante para a população, com certeza darei meu voto favorável”, garantiu o vereador.
Gustavo Yatecola (PSDC) questionou valores distribuídos para cada projeto e acrescentou que colocará uma emenda para o projeto da Bolsa de Estudos. “São quase R$ 42 milhões para o Bolsa Educação, R$ 73 milhões para o Passe da Família e mais R$ 57 milhões para o Renda da Família. Acho que o valor destinado para a Bolsa de Estudos deveria ser maior, no mínimo uns R$ 70 milhões para contemplar todos os alunos da nossa cidade que querem ingressar no ensino superior. E mais, vou fazer uma emenda pedindo para baixar de 10 para cinco anos o tempo de moradia exigido”.
O vereador Francisco Almeida Barros Bonavita (PMDB) questionou sobre a falta de moradia no município. De acordo com ele, a cidade tem hoje um déficit habitacional de 10 mil moradias que se acumula de outras administrações e por isso, o atual prefeito precisa construir mais casas. “A atual administração está fazendo um bom trabalho nessa área. Fez convênio com o Estado, criou fundos para habitação, só precisamos agora colocar em prática. Quanto a isso, agradeço também o empenho do deputado Campos Machado, que se comprometeu, por meio do governo estado, em construir 450 casas populares para pessoas de baixa renda de Paulínia”.
Após os pronunciamentos, os vereadores passaram para a segunda parte, ‘Ordem do Dia’, onde votaram os projetos. Todos que estavam na pauta foram aprovados por unanimidade. A próxima sessão, onde os vereadores votarão o mérito do programa Prioridade Social, acontece no dia 28 de março, às 18h, na Câmara Municipal.
Mário Lacerda faz pronunciamento na Tribuna Livre
O ex-vereador de Paulínia e atual presidente do PSL (Partido Social Liberal), Mário Lacerda, foi a segunda pessoa a utilizar a Tribuna Livre da Câmara de Vereadores do município este ano. Durante seu pronunciamento, Lacerda elogiou a atual administração e criticou as pessoas que, segundo ele, querem assumir o governo de Paulínia a qualquer custo.
“O Pavan é um homem simples. Vocês já perceberam que todo o pronunciamento que ele faz, ele cita o nome do pai dele e isso demonstra respeito, humildade e gratidão às suas origens, é honestidade. Agora, falar que ele traiu o povo paulinense, isso é mentira. Ele não cumpriu nem metade de seu mandato. Ele não prometeu o ônibus à R$ 1? Cumpriu. Prometeu moradia? Está aí. Ele não prometeu a volta da Bolsa? Está aí. É claro que há problemas e falhas no governo, mas deixem o homem trabalhar”.
Apresentando uma cartilha que havia sido distribuída durante a campanha do atual governante, o ex-vereador disse que ali continha o plano e governo, o que representa um compromisso da coligação com a população. “O Pavan teve como missão desvincular-se do governo que passou sem quebrar os compromissos que assumiu. É importante saber que o Pavan tem compromisso sim e tem que cumprir, mas sem ser fantoche ou pau mandado de quem quer que seja”, acrescentou Lacerda.
Sobre uma possível cassação do atual prefeito, Lacerda disse que isso seria obra de pessoas que tem interesses secundários e que querem tomar o poder a qualquer custo. “Ele foi eleito pelo povo por apresentar alternativas para os problemas da cidade. Se essas pessoas não concordam com a administração do Pavan, apresentem as falhas, sugiram alternativas, ajudem a governar. Isso é para o bem de todos, mas querer tomar o poder não é justo com 44% da população que votou nele. Não podemos compactuar com esse grupo político que quer o poder a qualquer custo e para isso, usam de meios antidemocráticos. Quem quiser ser prefeito, que dispute uma eleição. Não podemos ser coniventes com interesses estranhos e não vamos permitir que ninguém leve o mandato de Pavan na mão grande”, desabafou.
Assista o vídeo, com os principais momentos do discurso de Mario Lacerda