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Ex-tesoureiro do PP, partido de Dixon Carvalho, recebeu R$ 2 Milhões de propina da Lava Jato

Ex-Petista Dixon Carvalho esteve em Brasília e foi confirmado pré-candidato a prefeito pelo deputado federal Ricardo Izar. O presidente do PP de Paulínia, Luciano Ramalho, e o deputado Carlos Sampaio (PSDB) também participaram do encontro.
Ex-Petista Dixon Carvalho esteve em Brasília e foi confirmado pré-candidato a prefeito pelo deputado federal Ricardo Izar. O presidente do PP de Paulínia, Luciano Ramalho, e o deputado Carlos Sampaio (PSDB) também participaram do encontro.

Condenado no mensalão e principal alvo da 29ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada pela Polícia Federal na segunda-feira, 23, o ex-assessor do Partido Progressista (PP) João Cláudio Genu foi preso em Brasília, Distrito Federal.

Genu é mais um preso membro do PP, o mesmo partido do pré-candidato Dixon Carvalho, que se filiou em março na sigla.

Além da ação contra Genu, outros dois mandados de prisão temporária e seis mandados de busca e apreensão foram cumpridos ao longo da segunda nas cidades de Brasília, Rio de Janeiro e Recife.

Os mandados foram expedidos pela 13ª Vara Federal de Curitiba em procedimento que investiga os crimes de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e corrupção passiva a ativa envolvendo verbas desviadas do esquema criminoso revelado no âmbito da Petrobras.

Genu foi assessor do ex-deputado federal José Janene, morto em 2010, e tesoureiro do Partido Progressista. Ele foi denunciado na Ação Penal 470 do STF (mensalão), acusado de sacar cerca de R$ 1,1 milhão de propinas em espécie das contas da empresa SMP&B Comunicação Ltda., controlada por Marcos Valério Fernandes de Souza, para entrega a parlamentares federais do Partido Progressista.

Naquela ação, foi condenado no julgamento pelo plenário do STF por corrupção e lavagem de dinheiro, mas houve prescrição quanto a corrupção e lavagem, sendo posteriormente absolvido no julgamento dos sucessivos embargos infringentes sob o argumento de atipicidade.

Agora, a Lava Jato aponta que Janene continuou recebendo repasses mensais de propinas, mesmo durante o julgamento do mensalão e após ter sido condenado, até o ano de 2013.

A operação foi batizada de Repescagem em razão de o principal investigado já ter sido processado no mensalão e agora, novamente, na Lava Jato. Os presos e o material apreendido devem ser levados ainda nesta segunda-feira para a PF em Curitiba.

PP e a Lava Jato

De acordo com o delegado federal Luciano Gomes de Lima, Genu e o sócio Lucas Amorim receberam, por meio de empresas, mais de R$ 7 milhões “sem qualquer justificativa ou identificação de origem”. Deste total, estima-se que R$ 2 milhões eram referentes a propinas.
De acordo com o delegado federal Luciano Gomes de Lima, Genu e o sócio Lucas Amorim receberam, por meio de empresas, mais de R$ 7 milhões “sem qualquer justificativa ou identificação de origem”. Deste total, estima-se que R$ 2 milhões eram referentes a propinas.

O PP é o partido que mais tem presos e indiciados na Operação Lava Jato. Dos 51 políticos investigados, 32 são filiados à legenda que abriga desde março o prefeiturável Dixon Carvalho, que tentará se eleger pela quarta vez.

Carvalho, já disputou três eleições antes e passou por PT, PR e PSDB. Nos últimos meses vem andando pela cidade e realizando reuniões num buffet infantil no bairro Jardim Planalto.