Dixon Carvalho anunciou sua nova casa nesta segunda-feira, 28. O ato de filiação do empresário no Partido Progressista (PP) aconteceu num buffet infantil localizado no bairro Alto dos Pinheiros.
Num total de 51 políticos investigados pela Polícia Federal, 32 são filiados ao PP, nova casa de Dixon. Entre eles estão Arthur Lira, José Otávio Germano, Luiz Fernando Faria, Mario Negromonte Jr. e Roberto Brito, além dos ex-deputados João Alberto Pizzolatti e Mário Negromonte, este ex-ministro das Cidades.
A suspeita contra eles é que todos se beneficiaram dos desvios praticados por Paulo Roberto Costa da diretoria de Abastecimento da Petrobras. Esse ex-diretor e o doleiro Alberto Yousseff delataram o esquema para os investigadores e admitiram que destinavam os recursos principalmente para membros do Partido Progressista, de quem Costa era afilhado político.
Além da Lava Jato, filiados do PP já foram flagrados no mensalão petista (inclusive com condenações) e em desvios de recursos na Prefeitura de São Paulo, de nepotismo no Governo de Roraima, de irregularidades no Ministério das Cidades e de suspeita de lavagem de dinheiro na Prefeitura de Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul.
Dixon também anunciou quando estava no PSDB que o coordenador de sua campanha seria o deputado federal Carlos Sampaio, também citado diversas vezes na operação Lava Jato acusado de receber doações ilegais de empresas envolvidas no caso.
Outro coordenador de sua campanha deve ser Aristides Ricatto, apontado como braço-direito do pré-candidato. Ricatto O assessor de Dixon foi acusado pelo Ministério Público (MP) de São Paulo por integrar uma suposta “máfia da merenda” que desviava leite da alimentação da rede pública de educação de Hortolândia. Além dele mais 14 pessoas foram citadas na Ação Civil do MP.
Maluf foragido
Um dos filiados ao PP e nome bastante conhecido do eleitorado brasileiro é Paulo Maluf.
Ex-prefeito de São Paulo e hoje deputado federal, Maluf, é procurado pela Interpol e também foragido da Justiça da França, após ser condenado em março. Caso entre em solo francês ele e sua esposa poderão ser presos.
Maluf ainda jurou na televisão que se o então candidato Celso Pitta não fosse um bom prefeito em São Paulo ele deixaria a vida política, o que não foi cumprido, visto que Pitta terminou seu mandato com a imagem péssima e envolvido em diversos escândalos de corrupção.
Antes do PP, Dixon passou pelo PT
Com a nova filiação Dixon entra para o quarto partido em menos de quatro anos. Em 2012, ele perdeu sua terceira eleição para prefeito pelo Partido dos Trabalhadores (PT), migrou para o Partido da República (PR) e em 2015 desembarcou no Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB).
Sem querer disputar as prévias e seguir o Estatuto Tucano, Dixon, ingressou no PP, o partido que detém o maior número de deputados denunciados ao Supremo Tribunal Federal (STF) por corrupção na empresa Petrobras durante a operação Lava Jato comandada pelo juiz Sergio Moro.
Além de Dixon, o ex-PR, Luciano Ramalho também se filiou no PP e assumiu a presidência do Diretório Municipal do partido.
