Início Paulínia Pesquisa aponta que “Administração Dixon Carvalho” é a 2ª pior da RMC

Pesquisa aponta que “Administração Dixon Carvalho” é a 2ª pior da RMC

A Administração de Dixon Carvalho (PP) tem sido considerada uma das piores da história de Paulínia, desde que ele assumiu o Executivo Municipal no dia 1º de janeiro de 2017

Levantamento feito pelo Indsat foi feito através da opinião pública que também avaliou a qualidade dos serviços públicos

A Administração de Dixon Carvalho (PP) tem sido considerada uma das piores da história de Paulínia, desde que ele assumiu o Executivo Municipal no dia 1º de janeiro de 2017 e tal situação tem sido bem retratada através de críticas e reclamações de munícipes nas redes sociais. E isso foi comprovado depois do Indsat (Instituto de Pesquisa de Opinião Pública) divulgar essa semana dados que mostram que a atual Administração Municipal é considerada a 2ª pior da RMC (Região Metropolitana de Campinas).
O instituto que avalia, trimestralmente, o grau de satisfação da população em todas as 15 cidades da RMC sobre o serviço público e a administração do município, revela que Paulínia ocupa o terrível 14º lugar de insatisfação no ranking Indsat. A “Administração Dixista” só perdeu para o governo do prefeito de Vinhedo (Jaime Cruz).
No entanto não foi apenas a administração de Dixon que ocupou um lugar ruim no ranking do instituto. Os serviços e setores públicos de Paulínia também foram mal avaliados pela população. Educação, Qualidade da Água e Geração de Empregos ficaram em 11º lugar.
No setor Qualidade de Vida, a cidade atingiu apenas a 12º posição. Merenda Escolar e Iluminação Pública ficaram em 13º, em 14º Cultura; e em 15º Coleta de Lixo e Trânsito.
A única melhor posição da cidade no Ranking foi no setor de transporte público, ocupando a 2ª colocação, atrás apenas do município de Valinhos.
Duas das principais reclamações nas redes sociais, limpeza urbana e merenda escolar e que também são alvos de investigações pela Justiça foram destaque na pesquisa que analisa o grau de satisfação da população.

Limpeza Urbana
Sumaré registrou o pior índice de aprovação em limpeza pública entre as 15 cidades da RMC, de acordo com o Indsat. A cidade atingiu 476 pontos (baixo grau de satisfação) e ficou em 15º lugar. Por outro lado, Indaiatuba (SP) lidera a lista com 723 pontos.
Entre as outras cidades da RMC, Paulínia (494 pontos), Cosmópolis (529 pontos), Campinas (544) e Valinhos (545) completam a lista das piores cidades em limpeza pública, de acordo com os moradores. Já Itatiba (717 pontos), Jaguariúna (707), Vinhedo (694) e Artur Nogueira (643) estão no topo do ranking.

Merenda
Segundo o levantamento, Jaguariúna alcançou a primeira colocação no ranking. A cidade obteve 758 pontos, com 78% de avaliações positivas dos moradores locais. Na segunda posição aparece Itatiba, que recebeu 61% de bom e 8% de ótimo. Com 11 pontos a menos, Cosmópolis está na terceira colocação, praticamente empatada com Artur Nogueira. Santa Bárbara d’Oeste é a quinta colocada, com 704 pontos pela metodologia da Indsat.
Indaiatuba e Hortolândia ocupam a sexta e sétima posição, respectivamente. Vinhedo (SP), a próxima colocada, conseguiu 55% de aprovação em merenda e 31% de avaliações “regulares”. Nova Odessa e Americana têm 2 pontos de diferença.
Em 11º lugar, Monte Mor conseguiu 655 pontos, fechando as cidades com Alto Grau de Satisfação. Com 612 pontos, Valinhos tem grau médio de satisfação e 31% de avaliação positiva, além de 50% de regular. O ranking se completa com Sumaré –  607 pontos –, Campinas – 601 pontos – e Paulínia – 579.

O Indsat
Criado em 2013 para avaliar o grau de satisfação da população com os serviços públicos, o Indsat realiza trimestralmente pesquisas de opinião pública com 6.000 entrevistas distribuídas nas 15 maiores cidades da RMC e outras 4.000 nas 10 maiores do estado, com margem de erro de 1,55% e sob um intervalo de confiança de 95%. A pontuação é calculada a partir de uma metodologia aplicada sobre os critérios de ótimo, bom, regular, ruim e péssimo.

 Atos administrativos contribuem para baixa popularidade

Desde o início de seu mandato, Dixon Carvalho nunca teve uma avaliação positiva de seu governo. Grande parte de seus atos administrativos causaram polêmica e ganharam destaque negativo nas redes sociais. Selecionamos os mais polêmicos:
Sem verba
Dentre eles, podemos citar o remanejamento e corte de verbas feito no mês de junho, quando o setor de Bolsa de Estudos perdeu R$ 4,8 milhões. A verba destinada para construção de escolas de ensino Infantil nos bairros João Aranha, Serra Azul e Bom Retiro. Antes, o dinheiro destinado para esse fim chegava a R$ 2 milhões, agora, a quantia foi zerada. O mesmo aconteceu com a verba para construção reforma e ampliação de escolas de Ensino Médio e Profissionalizante: de R$ 2,5 milhões para R$ 0,00.

Sem uniformes
Uma das maiores expectativas da população em relação ao governo de Dixon Carvalho era em relação aos uniformes e material escolar. Os alunos esperavam recebe-los no início do ano letivo ou, pelo menos, no primeiro trimestre de 2017, o que não aconteceu.

Hospital fechado
No dia 28 de março, usuários que buscavam atendimento médico no Pronto Socorro do Hospital Municipal de Paulínia (HMP) encontraram o local fechado. Um aviso na porta indicava que o atendimento estava suspenso por falta de serviço de higiene e limpeza.
Há meses sem receber pelos seus serviços, a então empresa responsável pelo setor de limpeza e higienização do Hospital, Corpus, retirou seus funcionários e seus equipamentos do local.

Lixo
Em um recente vídeo postado nas redes sociais, o prefeito disse que reduziu o custo em mais de 50% do valor que era gasto antes com a limpeza urbana de Paulínia. Porém, dados comparativos entre os serviços que a Corpus prestava com os atuais oferecidos pela Filadélfia apontam corte e redução de serviços e não economia de valores.
Alguns serviços essenciais como varrição de ruas, coleta especial, obstrução de galerias, poda e retirada de árvores, reposição de calçamento, irrigação, reflorestamento, poda de gramado e roçagem, paisagismo e raspagem capina e pintura, deixaram de existir ou foram rigorosamente reduzidos após a entrada da Filadélfia.

Fim da passagem a 1 Real
No dia 29 de junho, o chefe do Executivo protocolou na Câmara de Vereadores o Projeto de Lei nº 30/2017 que “Dispõe sobre a extinção do passe da família e da criação do programa passe solidário no programa prioridade social”. Na prática, a intenção é extinguir o Passe da Família, programa que beneficia todos os usuários do coletivo municipal com tarifa a R$ 1,00, de segunda a sábado, e com a gratuidade aos domingos e feriados.
No texto, o prefeito substitui o atual benefício pelo “Passe Solidário” – destinado somente aos “trabalhadores desempregados, empregados domésticos e trabalhadores autônomos”, que recebem até R$ 1.405,50 (um salário mínimo e meio) por mês – no transporte urbano de Paulínia.
De acordo com o projeto, apenas seis mil passes diários seriam distribuídos com o novo programa, sendo 2 mil para cada categoria.
Morte no Hospital
A morte de Camila Batista Couto, de 25 anos, no Hospital Municipal de Paulínia ganhou destaque na mídia regional e nas redes sociais. A família acusou a municipalidade de negligência médica, já que a jovem foi até o HMP várias vezes se queixando de fortes dores abdominais, mas que por falta de funcionários aos finais de semana e corte das horas extras, uma ultrassonografia não pode ser realizada.

Fim do Lar dos Velhinhos
No mês passado a população de Paulínia foi pega de surpresa com a notícia sobre o fechamento do Lar dos Velhinhos, o atual Centro de Geriatria e Gerontologia. A informação foi confirmada pelo secretário de Saúde da cidade, Dr. Cláudio Ernani Marcondes de Miranda em entrevista ao site Correio Paulinense. “Não tem sentido manter um local com um custo tão alto”, disse o secretário.
De acordo com o secretário, os idosos residentes acamados serão transferidos para uma ala do Hospital Municipal. Já os residentes que possuem boas condições de saúde e os que somente passam o dia no local e retornam para seus lares serão encaminhados às instituições que serão contratadas pela Prefeitura.