Dados comprovam que a Saúde da cidade alavancou com a gestão de Pivatto
Uma pesquisa de satisfação encomendada pelo Jornal Tribuna aponta um alto grau de satisfação entre os usuários do Pronto Atendimento Municipal 24h (PAM) de Cosmópolis. O levantamento foi realizado pela empresa Memento Consultoria entre os dias 29 de junho e 17 de julho. No total foram ouvidos 455 pacientes atendidos no local na primeira quinzena de junho de 2018.
A margem de erro é de 5% para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%. Isso significa que, caso fossem realizadas 100 consultas com a mesma metodologia, em 95 delas os resultados estariam dentro da margem de erro estabelecida.
:: Resultados
O questionário aplicado tinha perguntas sobre aspectos que vão desde a recepção ao chegar no PAM até a satisfação geral com o atendimento recebido no dia. Na pesquisa, 92,25% dos pacientes atendidos relatam ter sido bem recebidos ou muito bem recebidos pelos atendentes. Apenas 3,25% dos usuários dizem ter sido mal recebidos ou muito mal recebidos. Outros 4,5% contam ter sido mais ou menos bem recebidos.
Quando perguntados sobre as condições do local onde aguardaram pelo atendimento médico, 68,25% dos pacientes avaliam o lugar como ótimo ou bom. Para 22,5% a sala de espera é regular. Apenas 9,25% avaliaram o espaço como ruim ou péssimo.
Ao serem indagados sobre a consulta, 94,25% dos atendidos dizem ter sido tratados com respeito e educação pelo médico e 90% dos pacientes contaram que os clínicos e especialistas se mostraram interessados em conhecer o problema.
Para finalizar a pesquisa, foi perguntado aos usuários do PAM se eles ficaram felizes com o atendimento recebido. No total, 79,25% deles disseram que sim, 10,5% disseram que não e 10,25% falaram ter ficado mais ou menos satisfeitos com o serviço prestado.
Também foi perguntado aos pacientes como eles avaliam o PAM. Para 67,75% o local é muito bom ou bom, 25% o classificam como regular e apenas 7,25% dizem que o Pronto Atendimento é ruim ou péssimo.
:: Repercussão
Ao receber os resultados da pesquisa, o Jornal Tribuna os apresentou para os responsáveis pelo serviço e pediu para que comentassem. “Fico muito feliz com o resultado da pesquisa e isso realmente é um prêmio para uma equipe de profissionais que tem feito tanto pela população de Cosmópolis. Está valendo muito à pena. Temos coisas para melhorar e devemos evoluir em algumas áreas. Mas, a dedicação e o esforço de cada funcionário, de cada médico e o comprometimento de todos com a equipe e com o atendimento está aí demonstrado na pesquisa”, comentou Dr. Sérgio Antunes, coordenador médico do PAM, que há mais de um ano tem a gestão sob responsabilidade do Hospital Samaritano Campinas, por meio de convênio com a Prefeitura de Cosmópolis.
O vice-prefeito e secretário municipal de Saúde, Sílvio Luiz Baccarin, disse que recebe os resultados com grande alegria. “Isto demonstra que nossos esforços para melhorar a Saúde do município estão sendo reconhecidos. Sabemos que ainda existem problemas a serem solucionados, tanto no PAM quanto em toda rede, mas muito já foi feito para tirar a Saúde de Cosmópolis da situação caótica em que se encontrava no início do mandato”, disse.
Já o prefeito José Pivatto afirma que o resultado é extremamente positivo. “Esta pesquisa mostra que estamos no caminho certo e isso nos motiva a trabalhar para avançar ainda mais nesta área. Nosso propósito é superar os problemas que ainda existem no local para aumentar cada vez mais a aprovação”, comentou.
PAM avança com a gestão do Samaritano
Há mais de um ano, o novo modelo de gestão do PAM (Pronto Atendimento Municipal) de Cosmópolis tem representado um avanço para os cidadãos cosmopolenses. Por meio do convênio entre a Prefeitura de Cosmópolis e o Hospital Samaritano Campinas, além de mudanças estruturais na unidade que atende urgência e emergência 24 horas, houve aumento no número de profissionais para garantir o atendimento. Por mês, cerca de 6 mil pessoas, são atendidas no PAM.
De acordo com o coordenador médico do pronto atendimento, Dr. Sergio Antunes, além dos investimentos na estrutura para adequar ambientes e contratações, a inovadora gestão oferece a realização de partos que são feitos no Samaritano, que possui leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) Neonatal que garante o suporte às gestantes de alto risco cujos bebês necessitam de leito especial.
“Cirurgias de urgência, baixa complexidade, como por exemplo, apendicite, hérnia e pequenas fraturas também são realizadas pelo Samaritano”, disse. Para ele, os usuários do SUS (Sistema Único de Saúde) de Cosmópolis contam com o que há de melhor no atendimento.
“A rede Samaritano está equipada para atender aos munícipes por meio do contrato firmado para a gestão da saúde. A cidade não possui hospital municipal e acabamos assumindo esse papel, oferecendo atendimento digno e diagnóstico rápido”, frisou o coordenador.
O contrato permite ainda internações em UTI (Unidade de Terapia Intensiva). E, além do atendimento às urgências e emergências, os pacientes que precisam de cateterismo e angioplastia também são acolhidos pelo Samaritano. “Quando assumimos a gestão do PAM, havia fila para a realização de cateterismo e hoje, não há mais demanda reprimida”, destacou Dr. Sergio.
Mensalmente, há o relatório detalhado de todos os atendimentos, que é enviado à Prefeitura. “Assim, cumprimos todas as metas contratuais e a prestação de contas é feita de forma precisa e com total lisura”, mencionou o coordenador médico do PAM.
Samaritano investirá R$ 35 milhões na construção de Hospital
Com a construção do novo hospital, Cosmópolis irá receber um investimento de R$ 35 milhões do setor privado, que impactará diretamente em diversos benefícios para a cidade, principalmente na área da Saúde.
As obras terão início ainda este ano e serão divididas em três etapas. Na primeira etapa, que deve ser entregue em 2019, será construído o Pronto-Socorro.
Já a segunda etapa irá contemplar a construção do Centro Cirúrgico e UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e, por último, as alas de internação com ampliação de leitos. A expectativa é que o projeto seja concluído em 2020.
A área para a construção do Hospital foi cuidadosamente escolhida pela direção do Samaritano e possui 15 mil m², com muita área verde, que será devidamente preservada. De construção, a nova unidade contará com nove mil m².
O hospital será construído às margens da Rodovia Zeferino Vaz (SP 332), próximo ao trevo sentido Artur Nogueira. “A unidade de Cosmópolis terá uma interface muito significativa com a área verde. Todos os quartos serão chalés com fluxo externo, não sendo áreas fechadas. O que facilita muito na recuperação dos pacientes diminuindo a incidência de infecção hospital e reduz a ansiedade facilitando a alta médica”, frisou o diretor do Samaritano, Ricardo Di Caprio.
Herança do Caos na Saúde
Santa Gertrudes deu prazo de seis dias para prefeitura se readequar
Quando assumiu a Prefeitura de Cosmópolis, Pivatto encontrou um caos na área da Saúde. Logo no início de sua gestão, o Hospital Santa Gertrudes deixou de realizar atendimento a pacientes do SUS e deu o prazo de seis dias para a prefeitura se readequar.
Depois da saída do Santa Gertrudes, a prefeitura firmou um convênio com o Samaritano, que é o responsável pelo Pronto Atendimento da Cidade.
O Santa Gertrudes
Em abril do ano passado, o Santa Gertrudes enviou uma carta à Prefeitura de Cosmópolis informando que não mais atenderia pacientes do SUS. O prazo para o encerramento do convênio era de cinco dias. O comunicado foi assinado na época pelo senhor Luis Cesar de Oliveira Pacheco, presidente da instituição.
Diante disso, a prefeitura se sentiu acuada e o serviço passou a funcionar no antigo Centro de Especialidades 2, ao lado da UBS Jardim de Fávari, na Avenida Ester.
Terceirização
Supõe-se que o Hospital Santa Gertrudes tenha firmado uma parceria com uma empresa terceirizada, responsável por gerir a parte administrativa e vender plano de saúde. Durante a investigação, o Tribuna teve acesso a várias informações e histórico sobre a suposta empresa que estaria administrando o Hospital.
A empresa seria dos mesmos sócios que administraram o Hospital São Pedro, de Bragança Paulista. Além da administração, a suposta empresa teria comercializado o Green Life Plus Planos Médicos Ltda, o mesmo plano que está sendo vendido atualmente em Cosmópolis e que utiliza o Santa Gertrudes para atendimento dos pacientes conveniados.
A suspeita é de que a parceria com o Santa Gertrudes é feita através da Grima Assessoria e Administração Contábil Ltda, que tem capital social de R$ 10 mil e foi aberta em 2012.
À época, a reportagem entrou em contato com representantes da suposta empresa terceirizada para confirmar as informações via telefone e e-mail, mas não obteve retorno.
Irregularidades
Durante as investigações, constatamos várias irregularidades na gestão do Hospital São Pedro, que supostamente era administrado pela mesma empresa que está gerindo o Santa Gertrudes. Segundo informações, tais irregularidades levaram o Hospital São Pedro ao caos financeiro e operacional de natureza civil, trabalhista, tributária e previdenciária.
De acordo com relatos, a retenção de valores relativos à contribuição previdenciária alusiva aos funcionários era feita sem demonstração de repasse à Previdência Social. Também não foram constatados o depósito de valores relativos ao FGTS de funcionários, bem como o adimplemento de rescisões trabalhistas, férias e outros títulos, no tempo, forma e modo prescrito em lei.
Além disso, não foram constatadas durante a emissão de notas fiscais de serviços entre as partes relacionadas ao Hospital, notadamente os pacientes da OPS Green Life Plus. Também foi informado ao Jornal que a retenção de valores relativos ao tributo retido na fonte, alusivo aos funcionários, era realizada sem que se apresentasse o repasse à Receita Federal.
Também foi apontado que a Green Life Plus não apresentou, apesar de solicitado, qualquer pagamento em favor do Hospital, demonstrando, em tese, distorções graves nas informações periódicas enviadas pela operadora ao órgão regulador, prejudicando, sobremaneira, o resultado e o consequente desempenho financeiro do Hospital.
Segundo relatos, a falta de gestão também rendeu ao Hospital São Pedro dezenas de ações trabalhistas, resultando em uma Execução Coletiva, cujo montante chega a quase R$ 700 mil.
Despejo
De acordo com informações do Jornal Em Dia, de Bragança Paulista, o Hospital São Pedro foi despejado do prédio em que funcionava por falta de pagamento do aluguel. Segundo a reportagem, a dívida chegou a R$5,5 milhões.
A reportagem mostra ainda que o Ministério Público ingressou com ação civil pública contra o Hospital São Pedro devido ao não pagamento de energia elétrica. Segundo informações, o Hospital chegou a ficar funcionando sete dias apenas com gerador.
*Inquérito
O delegado de Bragança Paulista, João Batista Frattini, instaurou um inquérito para apurar a responsabilidade do Hospital São Pedro na morte de 15 pacientes, que entraram em óbito na instituição.
A investigação apura possível “Homicídio Culposo” por parte de dirigentes do Hospital. Para a investigação, o delegado pediu com urgência cópias do Prontuário Médico de todas as vítimas arroladas no inquérito.