A Secretaria Municipal de Saúde de Paulínia informou durante a terça-feira, 8, que o número de casos de dengue nos meses de janeiro e fevereiro deste ano caiu 97% em comparação com o mesmo período de 2015. Entre janeiro e 23 de fevereiro, foram registrados 5 casos positivos, contra 173 nos mesmos dois meses de 2015.
De acordo com o Departamento de Vigilância em Saúde (DEVISA) da Secretaria de Saúde, responsável pelos dados e principal articulador das ações de enfrentamento, a redução se deve ao fortalecimento das ações de campo por parte da Prefeitura Municipal.
O aumento da equipe de agentes de Controle de Vetor, que triplicou, para a realização das ações de casa a casa que são as mais efetivas na identificação e desarme de criadouros, além de promoverem a educação para o engajamento da população.
Outro ponto importante é que foram realizados mutirões nos bairros pela Secretaria de Obras e Serviços para a retirada de inservíveis que poderiam servir de criadouros.
Apesar da redução, o diretor Departamento de Vigilância em Saúde, Hernany Justino, ressaltou que é preciso que a população permaneça em alerta.
“Acredito que o sucesso da redução se deve à população que aderiu às ações de combate e entendeu seu papel no controle, haja vista, que 90% dos mosquitos do Aedes aegypti estão dentro dos lares”, afirma o diretor.
Concentração de casos
A eficiência do cuidado da população e das ações da Prefeitura de Paulínia pode ser medida por meio da Avaliação da Densidade Larvária – ADL. Esse parâmetro indica a taxa de infestação do mosquito e retrata previamente a possibilidade de uma epidemia.
Os indicadores melhoraram muito até em bairros historicamente críticos pelo número de casos e taxa de infestação do mosquito, como João Aranha e Parque Bom Retiro, onde havia muitos pontos de descarte irregular de entulho e inclusive de lixo doméstico pela população que, agora, está mais consciente.
A classificação entre 0 e 1 é aceitável; entre 1 e 3,9 é de alerta e acima de 4 de emergência para epidemia. Realizada em três momentos do ano e considerando-se a divisão do Município em duas áreas de estudo, a ADL de janeiro costuma ser a mais alta pelas condições climáticas favoráveis ao mosquito.
De modo exemplar a taxa média do último levantamento em janeiro/2016 apresentou índice para o município de 0,5 reclassificando Paulínia para o status de aceitável já que no inquérito anterior de outubro/2015 o município estava classificado em estado de alerta.
No entanto, o diretor do DEVISA, Hernany Justino, reforça que apesar da significativa redução do número de casos e da saída do município do estado de alerta pela baixa prevalência do Aedes aegypti nas casas, não há motivo para relaxamento e a população deve seguir engajada nas ações e no cuidado semanal com a eliminação de criadouros assim como o Departamento seguirá com as ações planejadas.
Reforça ainda que a população receba em suas casas os agentes de Controle de Endemia da Corpus, uma vez que eles estão passando com frequência maior nas visitas casa a casa e nas outras ações quando identificados os doentes.
Zika
O município investiga prontamente os casos suspeitos fazendo orientação da comunidade e fortalecendo as ações na área que podem incluir inclusive a nebulização. Os cuidados para a prevenção são os mesmo para a Dengue e o foco deve ser o combate e controle de criadouros do Aedes aegypti.
Na segunda-feira, 7, Sumaré confirmou o primeiro caso de Zika Vírus em gestante. A paciente está na 12ª semana de gravidez e, por enquanto, o bebê não foi diagnosticado com microcefalia. Em maio de 2015, outro caso da doença já havia sido registrado na cidade.
Estradas
Na quarta-feira, 9, as concessionárias das rodovias paulistas realizaram um mutirão de combate à dengue em todas as estradas do estado.
Escolas estaduais
A luta contra o eedes aegypti também virou bandeira da rede estadual de ensino na região de Campinas. A tarefa número 1 é deixar as 848 unidades livres de possíveis focos de dengue, zika e chikungunya. Para isso, a Secretaria da Educação criou um verdadeiro “esquadrão” contra o mosquito. As ações incluem desde a limpeza de calhas e caixas d’água à formação de professores.