Mais uma vez um grupo de alunos do Cemep (Centro Municipal de Ensino Profissionalizante) compareceu à sessão da Câmara, na terça-feira, 29 para pedir ajuda. Eles prosseguem indignados com a situação que lhes foi imposta pela Secretaria de Educação, devido a transferência do antigo prédio localizado na Vila Bessani para a Universidade São Marcos.
Segundo o grupo, mesmo após a reunião entre os vereadores e representantes da Universidade São Marcos, na última sexta-feira, 25, nada foi realizado para melhorar as condições dos estudantes. Para ao alunos a situação no Cemep está cada vez pior.
“Até agora não houve nenhuma manutenção no Cemep, o que acontece é que estamos em uma situação precária. As salas de aula são muito fechadas e quentes, passamos muito calor, o teto em cima da sala tem um auditório, então quando passa alguém em cima não conseguimos ouvir a aula, as paredes são de gesso, então qualquer batida ou a aula de outro professor nós ouvimos. Estamos em um “depósito” está bem difícil ter aula, os computadores não possuem internet. Os alunos do noturno geralmente chegam direto do trabalho e não têm alimentação como tinha no outro prédio, nós chegávamos na escola nós tínhamos uma alimentação.Queremos um estudo de qualidade, Paulínia não é boa em eventos, não é boa em Carnaval, em Cinema, então, nós queremos Educação de qualidade, queremos qualificação profissional”, solicita Johnnantam Nobre, 20 anos.
Outra aluna, D.L.M., 16 anos, inconformada com a atual situação do Cemep descreve outros vários problemas.
“A gente se sente um lixo, porque nos tiraram da nossa escola. No outro prédio, tínhamos o nosso laboratório com nosso ar condicionado, a biblioteca era maravilhosa, com os melhores livros, as pessoas que nos atendiam eram maravilhosas, aí tiraram a gente de lá e jogaram a gente num buraco, porque lá era uma escola e agora parece que estamos num hospital, é horrível. A secretária de Educação, Maria Estela Sigist disse que teríamos que nos adaptar ao lugar, mas não tem como se adaptar, se ela for lá e assistir uma aula na nossa sala, ela não vai sair falando o que ela falou . Outra coisa, chegamos do trabalho cansados e não tem lanche, sem contar que os professores também estão estressados. Está sendo uma falta de respeito com a gente”,
D. L. M. da S., 16 anos
O aluno Gean Lucas da Silva, 18 anos, declara que o local não tem infraestrutura para receber qualquer atividade.
“Queremos uma infraestrutura própria para o estudo, encontramos computador queimado, nós já encontramos aranha no teclado do computador , buraco no teto, onde tem toda fiação aparecendo, fiação no chão presa com fita crepe para ninguém pisar. Na minha sala pelo menos acho que é a que está mais precária, a distância que tinha até o bebedouro é enorme. Nós tínhamos no prédio antigo toda uma estrutura correta, e agora estamos nesta situação precária, todo mundo sabe que a base de uma sociedade é a educação e se você não investe nela fica pra trás e isso é uma coisa inaceitável em uma cidade como Paulínia”.